segunda-feira, 1 de junho de 2009

NOSSO PROBLEMA COM A PROSPERIDADE


Nosso problema com a prosperidade é conceitual. Não sabemos defini-la.


À luz da Bíblia, o termo está relacionado à idéia de ser bem-sucedido, sendo aplicado em diferentes âmbitos da vida: espiritual, profissional, relacional, financeiro, etc.


Assim, é dito que José prosperou nos vários estágios de sua vida – na escravidão, na prisão e no governo do Egito (Gênesis 39.3, 23; 41.48-49), que Josué prosperaria em sua liderança se fosse obediente à Lei de Deus (Josué1.8), (Gênesis 26.13) o reinado de Salomão (1Crônicas 29.23) é descrito como próspero e o enriquecimento de Isaque também é chamado de prosperidade.


A prosperidade aparece como um sinônimo de sucesso, quase se aproximando do conceito de bem-aventurado. É mencionada quase sempre como conseqüência da obediência a Deus, que traduz-se em escolhas acertadas que tornam a vida bem-sucedida (sendo assim, o estilo de vida de uma pessoa milita a favor ou contra sua prosperidade: a falta de planejamento financeiro, a negligência com os estudos e o mau uso do dinheiro – com vícios, por exemplo – são exemplos de atitudes que impedem qualquer projeto de prosperidade).

Nosso problema começa com a adoção de uma visão reducionista deste termo. Prosperidade é um conceito amplo. Porém, compreendemos prosperidade exclusivamente em termos financeiros. Logo, de forma automática, o capital torna-se o critério último para avaliar o êxito no viver. O ter assume preponderância sobre o ser. Este tipo de reducionismo é inaceitável à luz da hierarquia de valores que a Bíblia apresenta, na qual Deus se encontra no topo. Nem todo tipo de sucesso é legítimo (Dn 8.12). Conforme a expressão de Jesus, possuir tudo e viver em desarmonia com Deus consiste em fracasso (Mc 8.36. Lc 12.13-21). Sendo assim, é possível que mesmo pessoas financeiramente falidas possuam a prosperidade em suas vidas, devido à presença de Deus em suas vidas e pelo progresso de Sua obra nelas.

O período mais próspero da Igreja foi quando ela menos teve (Atos 2.44-45)!

Deus é o critério último da prosperidade, Ele é o elemento indispensável para tornar a existência humana bem-sucedida.

Além disto, nosso problema se agrava (agora considerando o aspecto material da prosperidade) é que confundimos prosperidade com riqueza.

Só o fato de você estar tendo acesso a este blog prova que você é mais rico que boa parte da população do planeta!

Nós, cidadãos brasileiros do século XXI somos mais ricos em vida que o próprio Jesus!

Livros como “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos e filmes como “Diamante de Sangue” são bons meios para adquirirmos noção do que seja vida dura e sofrida e repensarmos nossas queixas e murmurações.

À luz de Eclesiastes 3.13 (“...é dom de Deus que possa o homem comer, beber e desfrutar o bem de todo o seu trabalho...”) um trabalhador que ganha salário mínimo e o administra com integridade é um homem próspero!

E, finalmente, nosso problema com a prosperidade reside em não compreender que o Deus que conhece nossas necessidades e nos convida a abrir mão da ansiedade em torno da vida não o faz com base na promessa que nos tornar milionários, mas na certeza que confere acerca de Seu poder e sábio cuidado Mateus (6.25-34). Por não compreendermos isto, criamos falsas expectativas em torno do caráter de Deus e de suas promessas, de sorte que nosso problema em relação à prosperidade afeta a maneira como nos desenvolvemos na fé e nosso grau de satisfação com Deus.

A prosperidade não é o problema. O problema está em nossa falta de consistência bíblica e em nossa cobiça (1 Timóteo 6.9-10).

Um comentário:

  1. Boa noite irmao
    Eis que sou novo na fe, e confesso que estou meio confuso com tanta informacao obtida em tao pouco tempo de convertimento.
    De fato que preciso me aprofundar mais na palavra de Deus, agradeco desde ja a Ele por ter encontrado seu blog, pois me deu mais vontade de estudar a palavra de Deus.
    Aqui deixo meu abraco a todos que o amam, assim como eu o amo!
    Pois nao quero ouvir o homem, e sim o Deus pai todo poderoso! Amem!

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