quarta-feira, 25 de maio de 2011

JESUS, DUPLAMENTE O BOM PASTOR


A palavra “bom” normalmente é entendida apenas em sua conotação moral, mas ela relaciona-se também ao campo da habilidade ou competência.

Sendo assim, a menos que se explique o que quer dizer com a palavra “bom”, a compreensão não é garantida.

Vejamos, por exemplo, o caso de um “bom mecânico”:

Ele pode ser um sujeito gente boa, mas sem competência para seu ofício: podemos dizer que ele é um "bom mecânico” apenas no sentido moral – e você jamais confiaria nele para consertar seu carro.

De forma inversa, posso ter um mecânico extremamente habilidoso, conhecedor de todas as técnicas de seu ofício, mas sem nenhum tipo de decência pessoal: ele é um “bom mecânico” apenas por ser competente no que faz, mas você também não conseguiria confiar nele por ser um crápula.

Sendo assim, é possível ser “bom” e “mau” ao mesmo tempo: tudo depende do âmbito abordado!

Quando Jesus intitula-se como “O Bom Pastor”, Ele exclui a ambiguidade, pois em Sua bondade moral Ele sacrifica-se por suas ovelhas, e por ser bom no que faz, consegue garantir que elas tenham vida (João 10.11,27-28).

A profundidade da bondade divina ajuda a entender a expressão do salmista: Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará” (Salmo 37.5).

Somente quem é bom por inteiro pode inspirar perfeita confiança.

E nós? Já partilhamos desta confiança? Não?

Por que isto ocorre?

Há algum ponto em que cremos que Ele não é bom o suficiente, seja no campo da moral (o que faria dEle um canalha) ou da competência (o que faria dele um inepto), ou...

...simplesmente não O conhecemos como deveríamos, e por isso não conseguimos apaziguar nosso coração?

Não sei qual é sua situação.

Mas como Ele é bom, está te dando mais uma chance de mudar sua percepção e começar a viver melhor.

sábado, 14 de maio de 2011

NÃO PRECISO SER MALUCO PARA SER FELIZ – UMA RESPOSTA APOLOGÉTICA AO MINISTÉRIO “FAMILY RADIO”


Quinta-feira, no centro de São Paulo, fui abordado por um homem de meia idade que distribuía folhetos avisando que o mundo acabará no próximo dia 21 de maio.

Esta previsão, recebida de forma cética pela sociedade e pela Igreja, tem sido divulgada pela Family Radio, que se autointitula um “ministério cristão de radiodifusão baseado na Bíblia e sem nenhuma afiliação com igrejas”.

O folheto, intitulado “O FIM DO MUNDO ESTÁ PRÓXIMO! 21 DE MAIO DE 2011, DEUS VAI TRAZER O DIA DO JULGAMENTO” apresenta as bases para tal “profecia”: um paralelismo entre a história de Noé e 2.ª de Pedro 3.8, que afirma que “um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia”.

O ministério Family Radio considera que, pelo fato de o dilúvio ter começado sete dias após Noé e sua família terem entrado na arca (Gênesis 7.4-10), isto indicaria que o mundo existiria por 7000 anos antes do dia do juízo (considerando que o dilúvio ocorreu em 4990 a.C.).

O cálculo que eles fazem é o seguinte: 4990 (ano do dilúvio) + 2011 –1 (o “ano zero”, inexistente no calendário) = 7000!

(Particularmente, acho que não seria necessário subtrair o tal “ano zero”, pois em termos de tempo corrido, o resultado independe de sua iteração com o calendário; para mim o resultado certo seria 2010, mesmo – matemáticos, fiquem à vontade para dar sua opinião.)

Não quero nem discutir a inútil maluquice desta profecia, patente antes à simples palavra do Mestre de que ninguém pode prever o Dia do Juízo (Mateus 24. 36, 44).

O que mais me chamou a atenção foi a atitude e postura do homem que distribuía os folhetos.

Estava alegre, assobiando e saltitando enquanto distribuía os folhetos. Feliz pela iminência de se encontrar com Jesus em pouco mais de uma semana.

Após refletir, concluí que a postura daquele homem tem importantes lições para nós.

Sim, pois o fato de considerarmos descabida a hipótese de marcar uma data para a volta de Jesus nos coloca em um estado de iminência mais urgente que aquele homem, que aguarda a volta do Senhor no próximo sábado: ela pode ocorrer a qualquer momento!

E viver em iminência é viver em alegria, segundo as palavras de Paulo:

“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (1.ª aos Tessalonicenses, 4.13-18).

Ou seja, a promessa do retorno de Cristo se torna para mim uma fonte de esperança e alegria independemente do fato de eu saber a data - aliás, eu afirmo que é justamente o mistério da escatologia bíblica que gera forças para o viver e para a alegria, por levar a um estado de permanente iminência, que confere sentido e propósito a todos os dias (sejam eles quanto forem) que compuserem o intervalo para o encontro glorioso com o Senhor.

Sendo assim, aquele rapaz apresentou uma preciosa lição sobre o estado de espírito de que aguarda e anseia o retorno do Senhor, que deve ser levada muito mais a sério  por nós, que de forma ortodoxa, evitamos profecias extrabíblicas, mas vivemos de forma heterodoxa, por tiramos a “bendita esperança” de nossos corações e mentes, tendo um viver cada vez mais secularizado. Uma lição preciosa e, teoricamente, desnecessária, se de forma mais consistente com nossa crença, nos alegrássemos por aguardar o Senhor todos os dias.

Jesus vem! Viva feliz na iminência do cumprimento desta promessa! E para se alegrar com a escatologia bíblica, você não precisa perder seu equilíbrio doutrinário, racional e devocional.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

OSAMA BIN LADEN AINDA PRECISA MORRER

Existe um pequeno Bin Laden vivo dentro de cada um de nós.

Como podemos identificá-lo?

Naquela parcela dentro de nós que nega ao outro o direito de pensar diferente.

Naquela parcela dentro de nós que não pára para entender o outro, achando mesmo irrisório fazê-lo.

Naquela parcela dentro de nós que se vale da força para fazer prevalecer sua opinião.

Naquela parcela dentro de nós que não compreende o conceito de violência – violação do outro – visto que não existe um outro com direitos a serem preservados.

Naquela parcela dentro de nós que pensa que os fins justificam os meios.

Naquela parcela dentro de nós que desconsidera o impacto de suas atitudes sobre os outros.

Naquela parcela dentro de nós que gosta de ter seguidores.

Naquela parcela dentro de nós que se deleita em ser o centro das atenções.

Naquela parcela dentro de nós que aprecia um verniz de espiritualidade para encobrir a verdadeira natureza.

Naquela parcela dentro de nós que sectariza o mundo.

Naquela parcela dentro de nós que se acha no direito de monopolizar Deus.

Naquela parcela dentro de nós que se faz de vítima.

Existe um pequeno terrorista dentro de cada um de nós. Ele germina de diferentes maneiras e em diferentes proporções dentro de cada pessoa. Mas podemos saber de sua existência ao observar a violência, a corrupção, a miséria, a exclusão, a injustiça social e todas as outras formas de males, desarmonias e irrealizações do ser humano: ele é o responsável por isso.

Por isso, afirmo: se quisermos um mundo melhor, o Bin Laden que está em nós precisa morrer.

Sendo assim, cace-o. Persiga-o. Enfrente-o veementeente com a palavra de Deus, capaz de criar um novo homem, formado em justiça e verdade - a mortificação do terrorista que há em nós coincde com a formação de um novo homem em nós.
Faça isto pelo bem da humanidade (o que é concomitante também com o seu bem-estar) - entendendo que sua realização individual como ser humano depende de seu sucesso em livrar a si e aos outros do terror que o Bin Laden que habita em você pode causar.