segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

SOBRE O CONHECIMENTO E A SABEDORIA

 

Conhecimento é informação. Informação que pode ser sobre objetos, pessoas e fatos. Conhecimento é saber sobre.

Quando não possuo somente informação, mas também compreendo a finalidade e relevância que cada elemento que conheço tem para minha vida e emprego as ações necessárias para adaptá-la à luz desta aprendizagem mais ampla, estou sendo sábio.

A sabedoria transcende o conhecimento porque consiste em postura.

Sabedoria é conhecer de verdade, aliando à informação a função e a ação.

Nosso desafio é transformar conhecimento em sabedoria.

Em nossa experiência de vida (que podem ser chamadas de experiências de conhecer), tudo aquilo que conhecemos, desde uma flor, até um carro importado, uma pessoa querida ou mesmo um desafeto tem uma objetividade que por nós deve ser assimilada (e que muitas vezes vai além das aparências) e um papel em potencial a cumprir em nossas vidas.

Cabe a nós reconhecermos a funcionalidade daquilo que conhecemos, nos ajustando às possibilidades que nos são oferecidas. Posso saber o que é uma flor. Mas minha postura poderá ou não se alinhar a este conhecimento, levando-me a aproveitar sua beleza e perfume ou simplesmente ignorá-la. De forma semelhante, posso saber o que é um ser humano, mas...

Igualmente necessária é a correta hierarquização de todas as coisas, a fim de lhes dar o devido lugar. Um carro não vale mais que uma vida humana. Uma carreira não vale mais que a família. E, segundo Jesus, o  mundo inteiro não vale mais que a alma de um único indivíduo. (Marcos 8.36 ). Uma vida construída em torno de funcionalidades invertidas, privilegiando aquilo que é errôneo ou mesmo secundário certamente conhecerá enormes frustrações.

Nesse sentido, o que podemos dizer a respeito de Deus? De conhecer a Deus?

Neste sentido a Bíblia coloca lado a lado o conhecimento de Deus e a sabedoria. Todo legítimo conhecimento de Deus é transformador, porque não se limita somente em conhecer sobre Ele; mas, informado de quem Ele é, e discernindo o papel prioritário que Ele deve ocupar em minha vida, ressignificar toda minha postura à luz deste saber. Isto é conhecer a Deus, e a Bíblia equipara este conhecimento conceitual e vivencial à própria sabedoria: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Provérbios 9.10).

Um Carnaval cheio de sábias decisões para todos vocês.


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

UM SINAL DIFERENTE DA VOLTA DE JESUS?



Jesus preveu vários sinais que antecipariam sua vinda.



Fome, guerras, terremotos, o predomínio do engano religioso (em tal grau que haveria alguns que afirmariam ser Ele próprio).



Um destes sinais é o ódio e perseguição à Igreja.



Não creio que no Brasil a Igreja seja perseguida, e já falei sobre isto neste blog.



Todavia, tenho ficado alarmado com uma crescente hostilidade em relação ao cristianismo que venho percebendo em blogs, sites e fóruns da internet – algo mais intenso do que simples gozações do vídeo do “pastor Michael Jackson” , ou de críticas contundentes (na verdade, justas!) ao mercantilismo que tem cirandado alguns setores da Igreja. Falo de ódio mesmo.



Fiquei espantado quando, ao realizar uma pesquisa de imagens de Cristo no Google facilmente me deparei com representações blasfemas de Cristo – e isto nas primeiras páginas!



A revista Galileu de fevereiro publicou uma carta de um leitor extremamente depreciativa a respeito de Cristo, cuja violência de seu conteúdo me chocou.



Hoje em dia uma igreja pode ser facilmente pixada ou depredada.



E chama-me a atenção que a maior parte destes fóruns e desta hostilidade provem de jovens, que não vivem em um período histórico em que uma ideologia atéia, como o marxismo, esteja em alta (a não ser que você considere o movimento para que os ateus saiam do armário, liderado por Richard Dawkins algo que já tenha se tornado um traço cultural de nossa época).



E, é claro, a hostilidade a Cristo é acompanhada da zombaria daqueles que Nele crêem.



Seria uma forma moral de perseguição?



Ou a formação coletiva de uma nova maneira de pensar?



Já cheguei a ler que o respeito geral ao nome de Cristo é resultado da influência (em um aspecto não-redentor do Espírito Santo – veja 1.ª aos Coríntios 12.3).



Estaria o Espírito Santo se afastando de nossa sociedade?...



Não sei. Não sou nenhum especialista em escatologia. Concordo com a posição de Wayne Grudem que a maneira com que Jesus abordou os sinais de sua vinda permitia manter tanto a certeza de sua vinda iminente quanto a possibilidade de que as coisas pudessem piorar mais antes disto.



Vivemos uma época de desafios. Como vencê-los?



Será um bom começo se começarmos adotando uma postura e uma atitude de vigilância interna de nosso coração que leve em conta a preocupação de Cristo em Lucas 18.8: Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?”



Ela não é infundada.