sábado, 24 de dezembro de 2011

ENSEJOS NATALINOS

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

ME ENCHES DE VERGONHA, ZACARIAS!

"E Zacarias, seu pai, foi cheio do Espírito Santo, e profetizou, dizendo:

Bendito o Senhor Deus de Israel,

Porque visitou e remiu o seu povo,

E nos levantou uma salvação poderosa

Na casa de Davi seu servo.

Como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do mundo;

Para nos livrar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam;

Para manifestar misericórdia a nossos pais,

E lembrar-se da sua santa aliança,

E do juramento que jurou a Abraão nosso pai,

De conceder-nos que,

Libertados da mão de nossos inimigos, o serviríamos sem temor,

Em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida.

E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo,

Porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos;

Para dar ao seu povo conhecimento da salvação,

Na remissão dos seus pecados;

Pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus,

Com que o oriente do alto nos visitou;

Para iluminar aos que estão assentados em trevas e na sombra da morte;

A fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da paz" (Lucas 1.67-79).

O Evangelho de Lucas é minucioso na análise dos eventos que precederam o nascimento de Cristo, relatando os louvores das pessoas que os vivenciaram.

Entre eles está o cântico do velho Zacarias.

Um cântico proferido depois de 9 meses de mudez, com o nascimento do filho que Zacarias havia considerado impossível.

Este cântico é chamado de profecia por Lucas.

Neste cântico, chamado de Benedictus, o sacerdote bendiz a Deus por:

• Seu caráter fiel e misericordioso;

• Sua intervenção na salvadora na história humana;

• O alcance universal desta salvação, incluíndo Israel e as nações.

O que mais chamou minha atenção ao ler o Benedictus, contudo, foi o versículo 75, onde Zacarias anela pelo tempo em que o povo de Deus, livre da opressão de seus inimigos, O serviria em justiça e santidade.

Não estamos sob o jugo de um império militar, cerceando a vida, a fé e a liberdade, como Zacarias estava.

Sendo assim, porque o Senhor não é melhor servido em justiça e santidade?

Por que não se cumpriu o sonho de Zacarias?

Teria Zacarias se esquecido que os inimigos da fé não são externos, mas internos também? Não apenas físicos (carne e sangue), mas espirituais (principados e potestades)?

Teria Zacarias sido ingênuo, no final das contas?

Tosco?

Pobre Zacarias...

?

Não sei – só sei que quanto a mim, que não vivo com a espada romana em minha garganta, sinto vergonha lendo o cântico do velho sacerdote.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

SÉRIE ESCLARECIMENTOS (II): “O FOGO ARDERÁ CONTINUAMENTE SOBRE O ALTAR”

Movido mais pelo dever do que pelo prazer, inicio esta nova série, cujo objetivo principal é debater e desmistificar alguns conceitos que circulam pela igreja e se tornaram lugar comum, seja pela má interpretação de alguns textos bíblicos ou pela força do hábito.



Todo cristão reconhece a necessidade de liderança eclesiástica de qualidade: que os responsáveis pelo povo de Deus sejam exemplos de ortodoxia e piedade.


Um dos textos mais utilizados para defender esta convicção é Levítico 6.13: “O fogo arderá continuamente sobre o altar e não se apagará”.


Um texto totalmente inadequado para expressar o desejo por um púlpito cristão avivado.


O fogo que este texto menciona é o fogo dos holocaustos (sacrifícios totalmente queimados) apresentado para expiação de pecados no período do sacerdócio levítico, no Antigo Testamento.


Ou seja, este é um fogo que, à luz da Nova Aliança e do perfeito sacrifício de Cristo, já se apagou.


Continua apagado.


E nunca mais se acenderá, para a glória de Deus.


Desejar que este fogo esteja aceso é ofensivo ao caráter infinitamente superior da Nova Aliança sobre o sacerdócio levítico (Hebreus 8.6; 10.8-14).


Outra dificuldade (é talvez você discorde comigo neste ponto) é que não existe altar na Igreja Evangélica.


Sei que muitos confundem púlpito com altar – só que altar é lugar de apresentação de sacrifícios – e não existe tal coisa para a Igreja evangélica, que reconhece que o sacrifício de Cristo é perfeito, dispensando repetição; e suficiente, dispensando novidades (Hebreus 7.22-27; 9.11-28), embora eu sei que existem aqueles que realmente crêem, pregam e ensinam que o crente se relaciona com Deus através de seus $acrifício$.


Ainda que a Bíblia fale de apresentar o próprio ser e louvor como sacrifício vivo a Cristo (Rm 12.1; Hb 13.15), o “altar” onde isto acontece é a vivência do dia-a-dia em Cristo – e não dentro de quatro paredes de um templo, em manifestações muitas vezes estereotipadas de espiritualidade.


A Igreja evangélica possui púlpito, e não altar – porque entende que Deus é glorificado e sua missão é cumprida através da pregação e ensino da Palavra de Deus - púlpito este que ocupa lugar central, demonstrando que a Palavra de Deus é o elemento central da fé e prática da Igreja (lembrando que relegar às Escrituras uma posição periférica fatalmente levará à corrupção da Igreja), e posição elevada para deixar claro que acima de qualquer pretensa autoridade humana está a autoridade divina, que provém das Escrituras.


Continuemos desejando, orando e trabalhando por púlpitos avivados, que sejam fonte de bênçãos para a Igreja e para o mundo.


Mas utilizando bases bíblicas adequadas.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

LIÇÕES QUE APRENDI ASSISTINDO À TRILOGIA "O PODEROSO CHEFÃO"


1. A luta pela sobrevivência é brutal, mas não podemos permitir que ela nos embruteça, como ocorreu com os Corleone. As condições adversas de vida não são desculpa para trilhar um caminho de brutalidade, nem isentam você da responsabilidade de fazer escolhas acertadas na vida - e quando fazemos tais escolhas, a despeito da circunstâncias, nosso verdadeiro valor fica provado.

2. É tocante no filme a preocupação dos Corleone em não promover o tráfico de drogas (a família mafiosa explora principalmente o contrabando e, posteriormente, a jogatina), mas tentar ser um "bandido ético" não funciona. Se sou ético, não posso ser bandido. Se sou bandido, não sou ético. E pronto.

3.  As consequências de um estilo de vida edificado sobre a injustiça são inevitáveis e trazem sofrimento a todos. Tais consequências podem ser evitadas apenas com mudanças urgentes e radicais - algo que, infelizmente, a família Corleone protelou por décadas, mantendo seu império, apesar dos anseios do "padrinho" Michael - um anseio, contudo, que não foi imbuído do devido senso de urgência. Sinceridade sem atitude não costuma ser algo muito eficaz.

Caso você ainda não tenha assistido a esta obra-prima do cinema, eu recomendo: vale a pena! A direção de Copolla é excelente, o elenco tem atuações fantásticas (principalmente de Niro e Al Pacino) e, como se diz por aí, quem aprende com os erros dos outros, evitando assim repeti-los, é sábio.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

DESOBEDIÊNCIA AO PÉ DA LETRA

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A INÚTIL FÉ


Debater religião é considerado algo inadequado nos dias atuais.

Em parte, isto ocorre não apenas pelo relativismo vigente que impõe a supremacia do “cada cabeça, uma sentença” (o que acaba tornando-se, ironicamente, em uma forma de absolutismo), mas pelo fato de que para muitas pessoas, a fé é algo inquestionável.

Nesta concepção, o exercício da fé torna uma pessoa isenta de ser indagada a respeito da validade de sua crença – o ato de crer justifica-se a si mesmo e a si mesmo se basta.

Logo, tudo o que importa é crer.

É a institucionalização dos versos de Herbert Viana: “A arte de viver da fé - Só não se sabe fé em quê”.

A contrapartida desta forma de pensar é a rejeição do debate religioso e o ostracismo para aqueles que questionam crenças.

O problema com esta concepção é que não é possível conceder tal autonomia ao ato de crer.

Não é a fé que valida a si mesma.

É objeto da fé que legitima o ato de crer.

Sem direcionar minha fé ao alvo certo, eu posso crer sinceramente... e viver sinceramente enganado.

Que resultados pode tal fé obter?

O ato de crer, dissociado de um objeto de fé que lhe conceda validade, é apenas credulidade.

Então, o segredo não está no ato de crer, mas em quê ou em quem creio.

È por isto que o convite do Evangelho não é para crer, simplesmente.

Mas é sempre um convite a crer em.

Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida”. (João 5.24)

Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede” (João 6.35).

Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna” (João 6.47).

Para Jesus Cristo, a fé não é inquestionável, nem tampouco assunto de foro íntimo. 

Pelo contrário: porque a fé não pode existir de forma autônoma, e nem ser autojustificada, Jesus convoca pessoas a tornarem-nO o objeto de sua fé. .

E quando Jesus Cristo é o objeto da fé, este se torna o Senhor do ato de crer.

E na condição de Senhor do ato de crer, ele irá determinar como crer nEle – ou seja, o estilo de vida que a fé em Seu nome implicará.

Sim, pois não ignoro que existe também a credulidade voltada a Jesus Cristo – mas que, por ser insubmissa a Ele, é igualmente fútil e desqualificada.

E assim, sob (e somente) o senhorio de Cristo, a fé é qualificada (em ato, essência e vivência), podendo ser considerada o meio de vida do justo.

E agora podendo ser considerada um exercício útil.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

SÉRIE "ESCLARECIMENTOS" (I): APRESENTAÇÃO DE CRIANÇAS (ATUALIZADO!)

Movido mais pelo dever do que pelo prazer, inicio esta nova série, cujo objetivo principal é debater e desmistificar alguns conceitos que circulam pela igreja e se tornaram lugar comum, seja pela má interpretação de alguns textos bíblicos ou pela força do hábito.



A rejeição do pedobatismo (batismo de crianças) pela grande maioria das igrejas evangélicas brasileiras, não as levam a agir de forma indiferente com os recém-nascidos - como estas igrejas entendem que o batismo bíblico sempre é um ato voluntário requerido pelo próprio batizando)*,  não é ministrado o batismo aos bebês, mas eles são apresentados ao Senhor.

Este ato, realizado dentro da própria liturgia do culto, envolve:

  1.  Gratidão a Deus pela nova vida;
  2. Exortação aos pais para que instruam a criança no temor do Senhor**;
  3. Oração intercessória pela criança e pelos pais, para que sejam aptos a realizar tal tarefa.
 A cerimônia de apresentação traz muita alegria para a igreja e para os familiares do bebê.

O problema é a base teológica comumente utilizada para tal ato:

Não raro os pastores que ministram a apresentação do bebê dizem que realizam o ato seguindo o modelo do Senhor Jesus, que também foi apresentado no templo (sendo muito comum a leitura da passagem correlata de Lucas 2.22).

É justamente esta transposição que é inadequada - a apresentação do Senhor Jesus no templo é um ato totalmente distinto da apresentação de bebês praticada pela igreja brasileira contemporânea.

Jesus foi apresentado no templo, em cumprimento à exigência da lei mosaica de consagração (ou resgate) dos primogênitos (Êxodo 13.1, 11-14; Levítico 12.1-8). Sendo assim, a apresentação do Senhor Jesus:

  1. Era uma disposição cerimonial da lei judaica (veja Gálatas 4.4);
  2. Era um ato estendido a todos os primogênitos judeus (ou seja, Lucas 2.22-24 não cria um novo paradigma);
  3. Era um ato que envolvia a circuncisão (Levítico 12.3);
  4. Era um ato que exigia a purificação cerimonial da mãe (Levítico 12.1,4);
  5. Exigia a apresentação de dois animais como sacrifício (um como holocauto pelo pecado e outro como oferta para o pecado), que poderiam ser um cordeiro e uma pomba ou rolinha ou, no caso das famílias pobres, duas pombas ou rolinhas (como foi o caso da família de Jesus – veja Levítico 12.6-8 e Lucas 2.24).
Se continuarmos insistindo que a apresentação contemporânea de crianças segue os mesmos moldes da apresentação de Jesus no templo, então:

  1. Estaríamos afirmando a vigência da Lei cerimonial mosaica, com seus ditames sobre pureza cerimonial e sobre a circuncisão (Gálatas 3.23-25);
  2. Meninas não poderiam ser apresentadas no templo, e nem os filhos não-primogênitos;
  3. Algum tipo de oferta/sacrifício teria de ser exigido dos pais – algo inadmissível diante da Nova Aliança e do sacrifício perfeito de Cristo (Hebreus 9.11-15).
Sendo assim, como devemos compreender o ato de apresentar a Deus os recém-nascidos, intercedendo pelo seu bem-estar e de sua família?

Simplesmente assim: como um ato de intercessão pelo bem-estar da criança e de sua família!

As coisas não perdem seu valor por se revestirem de simplicidade.

Sendo assim, continuemos apresentando nossos filhos ao Senhor – mas com uma compreensão mais adequada do ato que estamos realizando***.

* Uma excelente abordagem das diversas visões acerca do batismo dentro da cristandade encontra-se no livro “Águas que Dividem”, de Donald Bridge e David Phypers. Confira em  http://www.editoravida.com.br/loja/product_info.php?products_id=198

** A cerimônia de apresentação é aberta a famílias evangélicas e não-evangélicas. Geralmente o ministro pergunta aos pais se estes se comprometem a criar a criança nos caminhos do Senhor. Tenho muita dificuldade, porém, quando este compromisso é solicitado a uma família não-evangélica – afinal, como aqueles que não seguem o Evangelho vão ensinar seus filhos a fazê-lo? Em minha opinião, tal compromisso não deveria ser solicitado, devendo ser substituído por uma exortação para que os pais aceitem a Cristo – o que, certamente, irá capacitá-los a construir um lar melhor e assim educarem seus filhos no temor do Senhor.

 *** Particularmente, creio que leituras mais adequadas para a ocasião são: Deuteronômio 6.4-9; Marcos 10.13-14 ou Efésios 6.4.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

SOBRE PREGADORES E VENDEDORES DE CARRO

Existem grandes semelhanças entre o ministério do pregador e o ofício de um vendedor de carros.

Consigo extrair 2 lições desta comparação que nos alertam sobre a natureza da pregação:

1. A pregação deve ser sempre exposição bíblica: o vendedor de carros não desperdiça o precioso tempo em que ele estabelece diálogo com alguém falando de si mesmo ou contando vantagens - esle seria tolo se assim fizesse e não cumpriria sua missão. Pelo contrário, ele foca sua fala em torno do carro, expõe suas qualidades e características, a fim de que o cliente em potencial possa tomar uma decisão consciente. Da mesma forma, um pregador não é chamado para desperdiçar o precioso tempo do púlpito, falando de si mesmo ou de assuntos inconvenientes, mas deve expor a Palavra de Deus. Sempre saliento aos jovens que aconselho que o poder da mensagem bíblica provém tão somente da base bíblica da mesma. Pregue a palavra, pregador - faça apenas isto - e terá cumprido bem seu papel.

2. A pregação deve ser honesta: da mesma forma que honestidade é um pré-requisito para o vendedor de carros, o mesmo se aplica ao pregador: um mau vendedor de carros se vale de mentiras para cumprir o seu objetivo. O pregador também deve ter o mesmo cuidado em não apresentar uma mensagem mentirosa - e ele sempre faz isto quando faz promessas que Deus não fez e cria expectativas que a Bíblia não sustenta. Ou seja, à semelhança do ´mau vendedor de carros que apela para a desonestidade para vender seu produto (deixando claro que não são todos os vendedores de carro que assim procedem), ao se tornar ávido por números impressionantes e grandes multidões, o pregador se torna mais propenso a corromper sua mensagem, apresentando um "evangelho" ao gosto do freguês - mas um evangelho falso, que, assim como um carro com defeito, será um atraso de vida para  a pessoa que o recebeu.

PARA FICAR CLARO QUE DEUS NÃO SE PRESTA À BARGANHA...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

PENSE NISTO: UMA PALAVRA DE EDNILSON CORREIA DE ABREU

PASTOR , NÃO MORRA.

"Há poucas horas acabei de ler no blog.pastors.com (31/10/2011) produzido pela Sadleback Church que o pastor chamado Kim Hall, que serviu por 20 anos como pastor da Hunter’s Glen Baptist Church , Plano, Texas (EUA), cometeu suicídio.
 
Por que algo assim tão terrível acontece com um pastor?

Muitas conjecturas podem ser feitas, mas as certezas finais sobre tudo só o Senhor o sabe de fato.


Com o coração tocado por esta notícia quero lembrar aqui algumas verdades simples e já conhecidas sobre e para nós pastores.

 
1- Cada pastor é um ser humano, com todas as carências e dificuldades inerentes a natureza caída que todos temos. Esquecer isso é fatal.
 
2- As exigências ministeriais são sempre maiores do que o pastor, como ser humano pode de fato suprir, por isso temos que, como pastores, ser realistas em nossas limitações e ensinar o povo que é assim e nunca será diferente, nunca alcançaremos todas as expectativas, e tentar faze-lo nos conduzirá à doenças e a morte e isso não é plano de Deus.
 
3- Cada pastor, como ser humano precisa viver totalmente na graça, pois na atmosfera de graça podemos respirar um ar renovado para restaurar a alma e seguir adiante.
 
4- Cada igreja deve olhar para o seu pastor como um ser que precisa ser amado, respeitado e reconhecido como mais um ser humano dentro de uma congregação de seres humanos e não de fazedores religiosos humanos. Nós pastores temos de ensinar isso à igreja.
 
5-Não se isole nunca pastor, ache um amigo ou amigos verdadeiros, não competidores por numeros ministeriais ou hipócritas institucionais, ache um outro pastor que se vê como um humano pastor e não como uma máquina eclesiástica.
 
6-Pastor busque uma proximidade vital com Jesus, ame a Jesus, se deleite nele, receba o amor dele, chore, quebrante-se e alegre-se diante dele. Ele nos ama é deseja ter uma real comunhão com cada um de nós.

Concluindo, amados colegas pastores, não se superestime, não carregue fados que não podem e nem deve ser carregados, não assumam o papel de pseudo mártir e nem de Deus.

 
Sejamos apena servos, co-pastores de Jesus, mantendo as “artérias emocionais” desobstruídas, livres e desentupidas da amargura, do rancor, do ódio, da frustração, de pecados ocultos e de outros venenos afins.
 
Lute por aquilo que de fato vale à pena lutar, priorize seu relacionamento com Deus e sua família.
 
Quanto mais sadios formos nós, naturalmente inspiraremos a igreja, não permita que membros doentes adoeçam você. E nunca se esqueça que nada é maior do que a graça que o Pai, em Cristo, no agir do Santo Espírito já derramou sobre a sua vida.
 
Amado pastor, não se mate, mas viva".

Ednilson Correia de Abreu
Pastor da PIB em João Neiva - ES
www.gracaparahoje.com

domingo, 30 de outubro de 2011

PESQUISA “TOP OF MIND” – VERSÃO GOSPEL


A Pesquisa “Top of Mind” é uma pesquisa de lembrança de marcas, tendo como objetivo detectar o índice de penetração de uma determinada marca através da análise da associação que o público faz de um produto com a marca.

A metodologia da pesquisa consiste na coleta de respostas espontâneas a perguntas sobre produtos (por exemplo, quando você pensa em um carro, qual a primeira marca que vem à sua mente? E em um chocolate? Um shampoo?), que perfazem um índice que é publicado anualmente.

Pois bem, gostaria de propor uma versão “gospel” para esta pesquisa:

Logo abaixo, estão sete figuras que selecionei – e quero que você responda sinceramente: qual destas sete figuras corresponde mais fielmente à primeira imagem mental que você tem ao ouvir a palavra “crente” ou “evangélico”?

O gabarito com o significado de cada figura está logo ao final (o que ajudará você a entender porque as selecionei) e você pode ajudar com suas sugestões para ampliar este gabarito, também.

As respostas que eu coletar formarão um índice.

Um índice que ajudará a avaliar se a Igreja tem sido bem ou  mal-sucedida em sua missão de ser sal da Terra e luz do mundo.


1



2
 


 3



 4



 5


 6



 7





GABARITO:


  1. Um povo explorado, manipulado por líderes religiosos inescrupulosos
  2. Uma religião proibitiva, com códigos de conduta severos, especialmente para as mulheres
  3. Um povo afeito a grandes eventos, com cunho midiático e político
  4. Uma religião pragmática, que anuncia um Deus que funciona quando o calo aperta
  5. Anti-catolicismo, tão somente
  6. Membros de igrejas oriundas da Reforma Protestante
  7.  “os Bíblias” – ou seja, um segmento do cristianismo que enfatiza a supremacia da Bíblia para pautar a crença e a vida





Que Deus nos ajude se a resposta número 7 estiver não estiver no topo deste "Top of Mind"!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

terça-feira, 18 de outubro de 2011

POR QUE ACABA O PRIMEIRO AMOR?

Pense em uma pessoa que teve a oportunidade de mudar-se para uma casa maravilhosa que, entre outras coisas, lhe prporcionava a vista de uma belíssima paisagem natural pela janela.

Enquanto a vida naquela casa é uma experiência nova, o morador consegue se extasiar com a beleza que o cerca, sentir-se grato e motivado.

O convívio com tanta beleza, porém, faz com que o morador se habitue à paisagem - e, com o tempo, deixa de se fascinar.

Com o tempo, não se debruça mais à janela.

E com o tempo, questiona-se se não deveria ir para outro lugar.

O mesmo ocorre com o relacionamento com Deus.
No início da caminhada cristã, experimentar a beleza de Deus e de Seu Reino é uma vivência de puro encantamento, pois o contraste entre sordidez da antiga realidade de vida e a nova está presente com mais fescor no coração do fiel.

Há, porém, uma distorção perversa muito comum nos relacionamentos humanos, que se repete no relacionamento com o Senhor: o fato de que o convívio produz m perigoso tipo de familiarização, que ao invés de aumetar a intimidade, produz rotina e indiferença. 

A pessoa se acostuma com Deus - e de tanto se acostumar com Deus, não consegue se fascinar por ele como antes.

Que fazer?
Como não perder o primeiro amor?

Como não perder a capacidade de se fascinar com Deus?

Apresento as seguintes sugestões:

1. A primeira sugestão que eu dou é de consciência: nossa "nova casa" faz de nós pessoas privilegiadas - da mesma forma que um confortável chalé nas montanhas é um bem precioso, nunca devemos nos esquecer do valor de Deus - e de quão abençoado por tê-Lo conosco.

(Sei que é uma sugestão cruel, mas uma ótima forma de aguçarmos nossa consciência neste sentido é lembrar-mo-nos de como era nossa antiga casa, nossa antiga vida...)

2. A segunda sugestão diz respeito ao olhar: quem contempla a beleza prolongadamente pode desenvolver um olhar apático e indiferente... a menos que aprenda a estar sempre descobrindo novos aspectos da beleza que o cerca. Quem disse que conhecemos a beleza de Deus de forma exaustiva? Se nosso relacionamento com Deus for dinâmico, sempre estaremos O  conhecendo melhor - e ao aprofundar nossa percepção de Deus, esaremos sempre nos surpreendendo e nos fascinando com a beleza de Seu ser, caráter e propósitos.

(Quando contemplar a paisagem da janela não basta, vá explorar a paisagem - ou seja, nossa apropriação de Deus deve ser sempre crescente...)

3. E, finalmente, a última sugestão é de ordem existencial: a beleza de sua nova casa, de seu novo ambiente de vida já havia conseguido encher seu coração (lembra do que você sentia quando "abria a janela" e se extasiava com a beleza de sua nova situação de vida?): sendo assim, você não precisa ir para outro lugar. Para onde você iria? Seu novo ambiente satisfazia suas necessidades - e preserva ainda o mesmo potencial de satisfação. Não precisamos de um novo ambiente. Precisamos de uma nova postura no mesmo ambiente. Uma postura renovada diante de Deus.

Pois toda vez que esfria o primeiro amor vemos que não estamos com um problema, mas que estamos nos tornando um problema.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

SURPRESA!!!

Feliz e grato a Deus com os mais de 10000 acessos que o blog teve, preparei uma surpresa especial para comemorar esta marca:

Um e-book contendo os 10 melhores posts publicados ao longo destes três anos de "púlpito virtual".

Tomei como critério para a seleção dos posts não o número de acessos que tiveram, mas seu nível de relevância, tanto pelo nível de expressão do que aprendi em minha caminhada com Deus, formando meu pensamento e teologia, quanto pela urgência que sua mensagem carrega, bem como o senso de realização que trouxeram a mim ao escrevê-los.

O livro chama-se "Coisas que aprendi com Deus". 

Foram os 10 posts que mais falaram ao meu coração -  e espero que falem ao teu.

É é todo seu.

Para baixar, basta clicar no link abaixo:


Pode imprimir, ler no seu desktop, tablet, smartphone, divulgar e compartilhar com outros da forma que você quiser.

PIRATEIE À VONTADE!

Afinal, a mensagem não é minha: é do Senhor!

E foi precisamente para torná-Lo mais conhecido e amado é que este blog foi criado!

Muito obrigado!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

SÉRIE: LIÇÕES PRECIOSAS QUE PODEMOS APRENDER... COM QUEM JAMAIS ESPERARIAMOS! (III)

ALBERT EINSTEIN

 
“Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”.

Todo ser humano é movido por um conjunto de conceitos e valores basilares – ou seja, conceitos e valores que definem seu modo de pensar e agir: seu estilo de vida.

Existem conceitos e valores basilares que precisam ser revistos e mudados, por produzirem um estilo de vida nocivo.

Mas com esta frase, o cientista Einstein mostra seu conhecimento também da condição humana, por afirmar, em outras palavras o quão difícil é que as pessoas mudem!

Ou seja, como é difícil a mudança de conceitos e valores basilares!

O velho sempre é o melhor, o mais seguro, o mais cômodo!

O aspecto mais grave da situação é que temos a impressão de que basta dar às pessoas as condições necessárias que elas mudarão.

Mas quantas pessoas possuem as condições necessárias para viver melhor e não o fazem!

Não vivem à luz do que sabem, nem aproveitam todo seu potencial cognitivo, emocional e espiritual.

Poderiam ser príncipes, mas por não mudarem seus princípios orientadores, vivem como escravos.

O velho (e, por conseqüência, o errado) é o melhor – e aqui a assertiva de Einstein cai como uma luva.

Como é difícil mudar uma concepção errada de vida – mesmo possuindo os meios para tanto!

Realmente, Einstein estava certo.

O Senhor, que criou átomos e pessoas (e, portanto, entende de ambos) é poderoso para destruir preconceitos vãos e errôneos e para construir conceitos dignos.

Ele apenas impõe como elemento condicionante a ordem dos fatores: é necessário destruir, para depois construir.

Todo processo de aprendizagem traz implícito em si um necessário processo de desaprendizagem, ou seja, a revisão e ampliamento daquilo que eu tinha por certo.

Se não for assim, não haverá aprendizagem.

Mas o preconceito precisa ser desintegrado!

Ou nós é que seremos!

E então? Permitiremos que o Senhor trabalhe em nossas vidas?

Aceitaremos que Ele destrua para depois edificar?

Aceitaremos Suas condições?

terça-feira, 27 de setembro de 2011

UMA LEITURA TEOLÓGICA DE “LANTERNA VERDE”

O legalista dentro de mim estava com medo de tirar uma folga e ir ao cinema.



Mas Deus sabe como estava precisando de uma folga.


Fui ao cinema - e Ele falou comigo através do filme!

Saí do cinema com a visão espiritual mais aguçada do que antes de entrar na sala de projeção!

Isto ocorreu quando fui assistir “Lanterna Verde” no cinema.

Já tinha o desejo de assistir a este filme desde que soube de seu lançamento (fui logo quando o filme foi lançado, pois quanto mais eu demorasse para ir, mais difícil seria encontrar uma sessão em 2D com horário compatível – não consigo enxergar efeitos em 3D devido à minha deficiência visual), pois mesmo que Hal Jordan e seus companheiros não sejam meus super-heróis favoritos, considero interessantíssima a temática de seus gibis (ou seja, o anel energético – uma arma movida pela imaginação).

Em resumo, a adaptação cinematográfica da história do super-herói da DC Comics o apresenta sob a seguinte premissa:

"1. Ser escolhido para ser um Lanterna Verde é a mais alta honraria possível;

2. A missão de um lanterna Verde é promover a justiça e defender a vida;

3. O poder de um Lanterna Verde é um poder outorgado para o exercício específico desta tarefa;

4. O poder de um Lanterna Verde não provém dele mesmo, e o anel necessita ser constantemente recarregado na bateria, a fonte do poder verde, no ato de repetir o juramento solene que contém seus princípios;

5. Apesar de possuir o anel energético, é o desenvolvimento pessoal do Lanterna Verde que o torna mais exímio no seu manuseio do anel e eficaz em suas batalhas;

6. O potencial de um Lanterna Verde se desenvolve á medida que ele não sucumbe à 'impureza amarela' que pode neutralizar seu poder".

Saí do cinema alegre, com o paralelo que o filme possibilita fazer entre os Lanternas Verdes e o Reino de Deus:

1. Ser chamado para o Reino de Deus é a mais alta honraria que um ser humano pode receber;

2. Os súditos do Reino possuem uma missão comprometida com a promoção da vida e da justiça;

3. O poder concedido aos súditos do Reino não é para a promoção de seus próprios interesses, mas é outorgado para o cumprimento de sua missão como agentes do Reino;

4. O poder dos súditos do Reino não provém deles, logo, os filhos do Reino não podem negligenciar a Fonte de seu poder, a saber, o próprio Rei, nem os princípios do Reino;

5. Quanto mais o súdito do Reino cresce como pessoa, mais eficiente ele se torna como agente do Reino;

6. E, finalmente, quanto mais vitorioso é o súdito do Reino contra a impureza que o ameaça, maior será seu potencial! 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

QUE TIPO DE PREGADOR É VOCÊ? LULA OU DILMA?

Politicamente falando, apesar de algumas peculiaridades inerentes aos dois presidentes, é possível falar de continuidade entre o governo Lula e o governo Dilma.


Há, contudo, uma diferença marcante entre os dois políticos.


Lula gabava-se de não haver cursado faculdade e desdenhava da utilidade da educação formal para o exercício de seu cargo - ou seja, fazia apologia da ignorância.


Dilma, ao contrário, não se envergonha de sua formação acadêmica e sempre informa à mídia qual o último livro que está lendo.


Existem pregadores que agem da mesma forma que o antigo presidente: promovem em seus púlpitos a idéia de que o não-saber e a falta de informação são ferramentas úteis para o crescimento espiritual.


Afirmam que Deus usa um pregador que pronuncia um português incorreto (e eu não discordo disto), mas ignoram que Deus não deixará de usá-lo se melhorar a dicção.

São pessoas que, pelo não-desenvolvimento de uma visão mais crítica da realidade, apresentam respostas simplistas em suas mensagens.


Alardeiam que pregam a Bíblia somente, e não Lutero, Calvino, Wesley ou Armínio para a congregação: como se fosse possível apagar a influência de homens como tais possuem na vida e pensamento da Igreja. Pior: ignoram eles próprios que sua pregação forçosamente se alinhará com algum destes expoentes do pensamento cristão.


Seus ouvintes nunca serão enriquecidos com o legado espiritual de irmãos no Senhor que não conhecem: Spurgeon, Stott, Lloyd-Jones e outros, mas que poderiam ter sido conhecidos através do pregador – mas, ah, puxa vida, o legado de tais homens encontra-se em livros...

Acreditam que é saudável sonegar informação, sendo assim, seus ouvintes são privados do privilégio de conhecer a diversidade do pensamento cristão: nunca ouvirão falar em teorias milenistas, dicotomia e tricotomia, teoria da lacuna, ou qualquer outro grande debate da história da igreja.


São pessoas que, pior do que ter medo de pensar, têm medo de fazer pensar.


Aqueles que cursaram o seminário (existem, sim, apologistas da ignorância com formação acadêmica) apregoam alegremente que não aplicam nada do que aprenderam no curso teológico na Igreja – uma idéia confusa (onde está o problema, então? No seminário ou na Igreja?) e dissimulada (por que concuíram o curso, então?).


Não estou defendendo um academicismo eclesiástico árido.

Não defendo a idéia de que diploma seja sinônimo de vocação ministerial.

Eu mesmo creio que um pregador possa ter sólidos conhecimentos bíblicos sem possuir formação acadêmica formal (não podemos nos esquecer dos auto-didatas, e os tais devem receber o reconhecimento da Igreja).


Mas em tempos que os púlpitos tanto têm servido à futilidade, confesso que tenho medo dos pregadores-Lula!


Há que se pensar (guardadas as devidas proporções) na declaração de Nicholas D. Kristof (texto integral disponível em http://edrenekivitz.com/blog/2011/08/evangelicos-sem-espetaculo/ ):

"Há muitos séculos, o estudo profundo da religião era extraordinariamente exigente e rigoroso; por outro lado, qualquer um podia declarar-se cientista e passar a exercer a alquimia, por exemplo. Hoje, é o contrário. Um título de doutor em química exige uma formação rigorosa, enquanto um pregador pode explicar a Bíblia pela televisão sem dominar o hebraico ou o grego – ou mesmo sem mostrar interesse pelas nuances dos textos originais".

O negrito e a fonte vermelha da citação são meus - são a expressão de minha preocupação.