quinta-feira, 29 de abril de 2010

terça-feira, 27 de abril de 2010

A FRASE MAIS LEGAL DE "O DIA EM QUE A TERRA PAROU" ou "QUEM SÃO SEUS LÍDERES"?

Para fazer um trabalho de faculdade, tive de assistir o filme "O Dia em que a Terra parou", refilmagem de um antigo clássico de ficção científica com Keanu Reeves no elenco.

Basicamente, o filme fala dos esforços de um alienígena (Klaatu) para entrar em contato com a civilização humana para alertá-los da destruição que estão causando ao planeta e dos planos de extermínio de seus superiores para refrear os prejuízos causados pela mão humana.

Logo que chega ao planeta, é recebido com um balaço.

Depois, é detido sob custódia do governo americano e tem negado seu pedido de dirigir-se às lideranças mundiais.

Tortura e violência o aguardam.

Após escapar do perigo em que se encontrou, ele reclama indignado à doutora que o acolheu: "os seus líderes não me ouviram".

Quando ela responde, cheia de fibra moral: "Eles NÃO SÃO nossos líderes!" 

Achei fantástica esta frase. 

Depois disso, se oferece para levar Klaatu a um verdadeiro líder da humanidade.

Ela chega com ele à casa de um professor. Um prêmio Nobel, que, com seu trabalho, beneficiou a humanidade. 

O filme apresentou um conceito extremamente relevante para uma sociedade como a nossa que não sabe mais exercer juízo de valores e ovacionando pessoas destituídas de conteúdo e caráter: quem eu considero como meus líderes?

Eles possuem estatura moral para receber tal designação?

O verdadeiro heroísmo (e aí sim encontraremos os verdadeiros líderes da humanidade, nas biografias daqueles que deixaram um legado positivo ao mundo) está na vida dos missionários, dos filantropos, dos cientistas, dos anônimos que simplesmente se preocuparam em viver uma vida decente, orientada pelo altruísmo.

Não faz muito tempo, recebi um e-mail criticando o hábito de Pedro Bial chamar de "heróis" os integrantes do BBB, cujo heroísmo consiste em exibir seus corpos sarados.

Não é à toa que na "reflexão" atual, escolhi uma frase de Helen Keller. Pesquise a biografia dela e você verá o que eu entendo por "herói".

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Não sei quem disse que "triste é a nação que precisa de heróis".

E eu digo que é mais triste quando uma nação não sabe eleger seus heróis.

Quem são seus lideres? 

Quais são as pessoas que te inspiram e fascinam?

Cuidado! Sua escolha dtirá muito sobre você mesmo...

terça-feira, 20 de abril de 2010

O ANTICRISTO COMO USURPADOR DAQUILO QUE TEMOS DE MELHOR


A Bíblia fala do aumento da maldade nos últimos tempos. Sua culminância se dará através de um futuro governo mundial, sob a tirania de um homem intitulado Anticristo pelos autores bíblicos.


Alguns teólogos possuem dúvidas se o termo "Anticristo" refere-se a uma pessoa ou a uma instituição. Creio que a Bíblia realmente fala de um indivíduo histórico específico que, através do poder de Satanás, subjugará o mundo para seu senhor, trazendo a culminância a um processo histórico de malignização do mundo, que teve como precursores os diversos pequenos "anticristos" surgidos ao longo dos séculos (2 Tessalonicenses 2.7-8; 1. João 2.18).


Ele irá vigiar e controlar a liberdade das pessoas, excluindo social e economicamente aqueles que não aceitarem seu domínio (Apocalipse 13.16-17). Colocará o mundo em caos político, ao transformar o planeta em seu império (Apocalipse 13.7). Sufocará e reprimirá todas as expressões de fé do ser humano, principalmente do Deus cristão, exigindo fé apenas nele mesmo (2 Tessalonicenses 2.4; Apocalipse 13.6-8,15) . Aliás, o nome "Anticristo" significa tanto aquele que se opõe a Cristo como aquele que tenta substituí-Lo - razão pela qual ele abre sua boca em blasfêmias e exige para si as prerrogativas da divindade no coração das homens, na expressão máxima de uma ditadura populista sobre a consciência humana.

Muitos pagarão com a vida por não aceitarem este estado de coisas (Apocalipse 13.15).

Mas, como o próprio texto bíblico afirma, revelando que o número 666, o número da besta,  é o número de um homem (Apocalipse 13.18), e o homem da iniquidade (2 Tessalonicenses 2.3) será derrotado pelo Senhor Jesus em Sua vinda para trazer o Juízo Final sobre a história (Apocalipse 19.11-20).

Muitos ficam apreensivos diante do quadro sombrio dos tempos finais e, alarmados, procuram descobrir indícios da ação maligna do Anticristo na implantação de seu reino.

Sendo assim, desconfiam de avanços na área de tecnologia de informação (que poderiam ser utilizados para vigiar e cercear a liberdade das pessoas) ou de esforços políticos conjuntos (como a ONU, a União Européia, etc.), temendo que esteja se esboçando o futuro governo unificado da besta.

Não creio que as coisas devam ser interpretadas desta forma.

Por quê?

Porque creio que é legítimo buscar aprimorar qualidade de vida através do desenvolvimento científico. Isto é um DOM que DEUS concedeu a nós.

Porque creio que o desejo de buscar um mundo melhor é inspirado pela porção de TRANSCENDENTALIDADE que há no coração de cada ser humano que sabe que esta realidade precisa ser transformada para refletir algo melhor: que as coisas são como são, mas não precisam ser como são – e é IMORAL que assim o seja.

Quem busca um mundo melhor sente, mesmo sem saber, que esta Terra deve refletir a glória de Deus.

E, mesmo sabendo que os esforços humanos não sanarão todos os males deste mundo, eu trabalho e faço minha parte para a construção de um mundo melhor, pois creio que operar nos limites do possível, mitigando a selvageria do cotidiano, faz parte da missão da Igreja Militante, enquanto aguarda o aparecimento de Seu Senhor, Sua esperança vindoura.

Sendo assim, não devo olhar com maus olhos todos os discursos em prol de uma mobilização internacional. Há momentos que requerem um mundo sem fronteiras.

Você pode me perguntar: “mas o Anticristo não se aproveitará destas coisas”?

Certamente.

A questão é: quando ocorrer o aparecimento do Anticristo, ele usurpará os sonhos, esperanças e talentos da humanidade, fazendo-a crer que os mesmos se realizam nele.

Ele procurará fazer jus a seu nome.

O Anticristo fará com que os homens se esqueçam de Deus como a fonte de seus dons e como a razão última de sua esperança.

Ele roubará o que os homens possuem de melhor.

Será o golpe mais cruel contra a humanidade.

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Não seja cego nos últimos dias. Para o clamor dos últimos dias. Veja a necessidade ao seu redor e use o que você possui de melhor, dado por Deus a você. E, ao usar, jamais esqueça a fonte e a finalidade daquilo que está em suas mãos. A resposta para ambas as perguntas é a mesma: Deus.

E assim, através da correta utilização, você descobrira a melhor forma de preservação, prevenindo-se da usurpação e do engodo do Anticristo.

terça-feira, 13 de abril de 2010

SOBRE RACISMO E NÃO-RACISMO


Há pouco tempo tive a oportunidade de, zapeando pela televisão, assistir a alguns trechos (cerca de 40 minutos) do polêmico filme Jesus Cristo Superstar.





Não pretendo fazer uma análise completa do filme, pois não seria justo – afinal, não o assisti inteiro, desde o começo. A impressão que tive é que a perplexidade diante do enigma de Cristo dá e da exigência de fé para compreendê-lo dá o tom da obra.





Uma das muitas polêmicas foi a escalação de um ator negro (Carl Anderson) para interpretar Judas. Isto levou automaticamente o filme a ser tachado de racista.





Preocupo-me com tais atitudes.





Principalmente porque não levam em conta um aspecto bem singelo: a fantástica interpretação de Carl Anderson no papel de Judas Iscariotes, traduzindo toda a fúria do personagem.





Será que outro ator faria melhor?




Ou seja, aqueles que acusaram o filme de racista aparentemente não conseguiram ver um grande ator encenando um papel altamente dramático, mas apenas um negro.





Polêmica semelhante aconteceu durante o lançamento do game Resident Evil 5. Como a história se passa na África, os zumbis são negros. Isto rendeu diversas acusações de racismo à produtora do game.





Não quero negar a realidade do racismo (inclusive no Brasil), nem a dura realidade daqueles que, pela cor de sua pele trazem sobre si um legado histórico de exclusão, que vergonhosamente se perpetua até hoje.





Não nego os subprodutos sociais do racismo brasileiro: as piadas, a estranheza que muitos sentem diante de um negro ocupando altos cargos hierárquicos.





(Muita gente não acredita que minha esposa seja vice-diretora escolar)





Mas temo que, ao combater o racismo, desumanizemos o povo negro a tal ponto que não vejamos mais o humano, mas apenas uma etnia, com lugares definidos de forma politicamente correta.





Um diretor de teatro não se arriscará a convidar Milton Gonçalves para viver um grande vilão épico. Poderá ser o fim de sua carreira. A arte perde, e todos nós perdemos.



O debate acerca do racismo e o desenvolvimento de ações para combatê-lo tornam-se menos eficazes pela falta de agudeza gerada por uma postura errônea diante do tema.



E assim, em nome do politicamente correto, se cumpre de forma inversa o sonho de Martin Luther King de que os homens serão julgados por seu caráter, e não pela cor de sua pele – tanto na vida, como na ficção.





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PS: Há quem diga que Matrix, o Código da Vinci e Eu, eu mesmo e Irene também apresentam preconceitos contra os albinos...



domingo, 11 de abril de 2010

A INADEQUAÇÃO DO "MEU" DEUS E DO "SEU" DEUS


Existe uma diferença muito grande entre o que pensamos sobre Deus e o próprio Deus em si.

Todos nós nos limitamos aos nossos conceitos sobre Deus,  à nossa teologia individual.

O grande problema com nossa teologia individual é que nunca conseguimos nos erguer acima dela: parece-me que foi A. W. Tozer que disse que "aquilo que pensamos sobre Deus é a questão mais importante de nossa vida".

Nossa vida vida é reflexo de nossas convicções sobre Deus.

Não é à toa que a etimologia da palavra idolatria seja eidos (idéia) + latreia (culto), ou seja, a deificação de um conceito particular.

O reconhecimento desta perigosa realidade levou muitos ao agnosticismo, por considerar ser impossível tecer qualquer discurso sobre Deus.

Como vencer nossa idolatria potencial sem cair no agnosticismo desesperançado?

Em primeiro lugar, reconheça que Deus nos deixou conceitos acerca de Si mesmo. Ele falou.  Através da criação, de Sua ação na História, através das bênçãos por Ele concedida - mas de modo muito mais específico através de Seu Filho, Jesus, e de Sua palavra, a Bíblia. 

Deus optou tanto por não deixar-nos no escuro acerca de Si mesmo quanto por poupar-nos do perigoso e sempre falho trabalho de "concebê-lo". Ao se intitular religião revelada, o cristianismo reconhece com gratidão o evento da auto-revelação divina, capaz de suprir nossa incapacidade epistemológica, apregoando, ao mesmo tempo, a necessidade da devida honestidade intelectual para conhecer a Deus: a humildade que capacita a aceitar o que Deus tem a dizer acerca de si e acerca de nós.

Segundo, ao ser confrontado pelo Deus verdadeiro, saiba que você terá de descartar o seu "Deus". Este não é um processo fácil e nem ao menos indolor, mas é necessário. Não é possível alimentar expectativas verdadeiras em torno de um falso Deus - mesmo que eu o tenha batizado com o título do Deus cristão. Livre-se do "seu" Deus em nome de Deus.

Terceiro, saiba que toda sua vida na Terra será de refinamento de sua visão e conhecimento de Deus. Não há como se graduar nisto. Há apenas a garantia de que, enquanto estou aberto a conhecer o Deus vivo e verdadeiro, estou a salvo do "meu" falso Deus.

E assim, nos aperfeiçoando na verdade, desfrutaremos melhor da liberdade dos filhos de Deus.

domingo, 4 de abril de 2010

PENSE NISTO - Uma palavra de Robinson Cavalcanti


QUANDO AS PROSTITUTAS REZAVAM

Quando da minha infância, nos anos 1950 a Semana Santa era formada por dias santos e não por feriados. Na Sexta-feira, os trens, da concessionária inglesa Great Western não trafegavam por esse Nordeste de meu Deus. As emissoras de rádio (não havia televisão por aqui) somente tocavam músicas clássicas e músicas sacras. Os cinemas (nossa principal diversão) apenas exibiam películas de cunho religioso. Havia uma generalizada atmosfera de reverência, e as marcas de religiosidade de nossa cultura eram evidentes. Gastronomicamente, somente comíamos peixe, que eram deliciosamente cozinhados dentro das tradições regionais. As procissões grandemente concorridas, com todos os seus desvios para a ótica protestante, eram plásticos, emocionados e emocionantes espetáculos de fé.



O prostíbulo da nossa cidade (União dos Palmares, Alagoas) tinha a sua “zona do baixo meretrício” localizada na área denominada de Alto do Cruzeiro (depois de removida do perímetro urbano do 'Jatobazinho'). Pois bem, naquele tempo (segundo depoimentos fidedignos dos aficionados) não havia dinheiro que fizesse as hoje politicamente denominadas de “trabalhadoras do sexo” atuarem em seus ofícios, antes, contritas, e com a cabeça coberta com um véu, compareciam à missa das 6h (menos concorrida do que a mais popular e mais burguesa missa das 9h) e acompanhavam devotas a Procissão do Senhor Morto.



Lembrei-me dessas coisas em nosso tempo secularizado, em que os bares e restaurantes estão cheios, no lugar do peixe algum Mac-alguma-coisa, e as prostitutas atuais (profissionais, amadoras ou semi-profissionais) não mais abandonam o batente para rezar.



É claro que o Secularismo tem raízes mais profundas no Ocidente, em que, ao contrário de muitos países, os Estados Unidos nunca tiveram como feriado a Sexta-feira da Paixão, com sua origem puritana-congregacional, que terminou, por seus descentes, facilitando a secularização.



Quando criança, fiquei chocado no Recife (bairro de Casa Amarela) quando uma Igreja Batista, em uma agressão cultural, e uma burrice evangelística, promoveu em seu amplo pátio um festivo churrasco de carne de porco na Sexta-feira Santa.



Essa semana, os profissionais que estiveram na coletiva de imprensa com os atores da “Paixão de Cristo”, em Nova Jerusalém, PE, voltaram escandalizados com a irreverência, o deboche e o estado de alta ingestão etílica de muita gente no elenco, um verdadeiro balde de água fria após o “enlevo” do espetáculo.



Nesse sentido, o mundo mudou para pior. Como sexagenário evangélico/anglicano, continuo a levar a sério a Semana Santa, a não comer carne da quarta-feira ao sábado e a ter saudades dos velhos bons tempos em que até as prostitutas rezavam...