sexta-feira, 12 de junho de 2009

NIETZSCHE E O DIA DOS NAMORADOS




O filósofo alemão Friedrich Nietzche (1844-1900) é bastante conhecido no meio cristão como o homem que fez a declaração de que “Deus está morto”.

O que muitos ignoram, porém, é o embasamento que o filósofo deu para justificar sua declaração.

Sua aversão e preconceito pessoal em relação aos valores do cristianismo, o levaram a considerar um bem para a raça humana a sua extinção. Todavia, sua declaração também foi baseada na observação da sociedade à sua volta, que alcançara tal grau de secularização que, para elas, Deus já havia morrido – bastava celebrar Seu funeral.

A sociedade brasileira também vive como se Deus não existisse, tornando as palavras de Nietzsche, ditas no século XIX, são bastante atuais – especialmente no Dia dos Namorados.

À primeira vista parece estranho dizer que a sociedade brasileira alcançou tal grau de secularização. Todavia, o apelo erótico em torno do Dia dos Namorados (e ninguém há que seja tão inocente que desconheça que isto seja uma afronta direta aos ideais de Deus acerca da castidade e dos relacionamentos) claramente demonstra esta verdade.

Nesta época, o destaque de todas as lojas são as lingeries, exacerbando ainda mais a lascívia que permeia nossa cultura. Cheguei a ver na seção infantil de uma loja de departamentos camisetas com os dizeres “melhor namorado do mundo”, promovendo uma erotização precoce nada saudável para as crianças.

É triste que, mesmo os valores cristãos nunca tendo sido levados a sério pela sociedade (mesmo em suas comunidades aparentemente mais fechadas e conservadoras – ou qual você acha que é o tema das tradicionais quadrilhas juninas?), nunca eles foram desprezados com tanto desdém.

O mais triste, porém, é que alguém pode objetar à minha acusação de secularização de nossa sociedade alegando a “devoção” do povo brasileiro, como prova em contrário.

A questão é que o ateísmo prático em nada difere do ateísmo teórico – apenas possui menos reflexão!

Professar que Deus existe e viver como se ele estivesse morto é uma contradição de termos!

O “x” da questão é que Deus, mesmo sendo negado, continua sendo Deus – e Seus valores são necessários para promover a felicidade e o bem-estar do homem. Qualquer pessoa que inverte as prioridades que Deus estabeleceu para sua vida experimentará o fracasso como saldo em sua existência.

Nietzsche acreditava que iria formar “super-homens” com sua filosofia que declarava a emancipação do homem na morte de Deus – e falhou miseravelmente.

E o que nossa sociedade acredita que vai construir? Que tipo de famílias? Que geração? Que futuro?

Que os sobreviventes dos “Dias dos Namorados” (onde o romantismo e a pureza cederam lugar à vulgarização dos preciosos bens que Deus conferiu à espécie humana) o respondam.

(E se você, jovem cristão que está lendo está página, sente-se tentado a alterar seu estilo de vida em função do padrão de vida da sociedade secularizada, não se iluda – somente o Deus que é amor pode orientar a prática do amor. Qualquer pessoa que inverte as prioridades que Deus estabeleceu para sua vida experimentará o fracasso como saldo de sua existência. O verdadeiro amor não é indecente, nem egoísta- 1 aos Coríntios 13.
Como já foi dito, o amor sabe esperar para dar.
A concupiscência não sabe esperar para receber).

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