quarta-feira, 17 de junho de 2009

DEUS É POP - REVISTA ÉPOCA, N.º 578


A reportagem de capa da revista Época desta semana foi dedicada à análise da religiosidade da juventude brasileira.
95% dos jovens do Brasil declaram-se religiosos (referindo-se principalmente aos diversos ramos do cristianismo), ocupando o terceiro lugar em comparação com a juventude de outros países (Nigéria, 1.º lugar; Guatemala, 2.º).

Deu-se destaque principalmente às novas igrejas e liturgias, que propõem maneiras de expressar a fé de forma diferenciada dos moldes tradicionais, mais “antenadas” com o jeito de ser da juventude. Várias imagens de jovens participando de momentos de culto aparecem na reportagem. Todavia, a matéria considera que a atual diversidade de expressão religiosa com o elemento de rebeldia típico da juventude.

Mas, o fato é, conclui a revista, que antigas ideologias atéias e materialistas que “fizeram a cabeça” de outras gerações de jovens perderam (inclusive prevendo o fim da religião) terreno para a fé (já havia me chamado a atenção, porém, que em um dos gráficos da entrevista, o alto número de jovens que sustentaram, ao mesmo tempo, conceitos corretos e bíblicos sobre a fé, como a ação de Deus sobre a vida dos homens e a importância da oração, crêem na reencarnação, uma doutrina antibíblica e incompatível com a mensagem do cristianismo, mostrando que há déficit doutrinário muito grande de boa parte desta geração).

Todavia, a mesma revista Época, porém, afirma que os mesmos jovens brasileiros são os que apresentam a religiosidade mais inconsistente: apenas 35% vivem os preceitos da fé que professam – palavras do próprio jornalista: (“O índice de coerência religiosa é, portanto, dos mais baixos”, página 70).
Algo está errado!

Deus só é aceitável enquanto não exige obediência?

Estaria a juventude tentando criar um Deus à sua imagem e semelhança?
Confundindo a crítica ao sistema religioso com uma religiosidade sem compromisso?
Jesus considera inaceitável ser chamado de "Senhor" e não ser obedecido como tal (Lucas 6.46)!
E isto nada tem a ver com estética ou estilo de liturgia, refere-se à própria vitalidade da fé que rejeita todo tipo de nominalismo (Tiago 1.22, 2.26).
Enquanto não ocorrer qualificação da fé, levando ao compromisso com os princípios desta mesma fé, Deus poderá estar sendo pop, mas faltará muito ainda para que Ele seja sendo, de fato, um sucesso entre aqueles que O professam.

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