quinta-feira, 23 de julho de 2009

VOCÊ QUER MUDAR O MUNDO?


Foi num dia desses, ao voltar da faculdade, que assisti na televisão, enquanto jantava, trechos da reprise do filme Escola de Rock.

Em meio às trapalhadas do professor de música que tentava fazer com que seus alunos formassem uma banda de rock, o personagem interpretado por Jack Black disse algo que me deixou pensativo por muitas semanas:

Um show de rock pode mudar o mundo! – disse ele, convicto.

Não foi o conteúdo em si da frase que me chamou a atenção, mas a paixão com que fora dita.

A paixão confere credibilidade àquilo que é feito, não havendo dúvidas acerca de sua relevância nem dos esforços e sacrifícios necessários.

Quem age com paixão realmente acredita que pode mudar o mundo.

A geração de 60, mesmo defendendo alguns ideais errôneos, acreditava no potencial transformador de suas ações, o que lhe conferiu uma postura ativista que merecia ser resgatada em nossos dias apáticos.

Antes de conhecer a Cristo, eu desejava ser ator e me dedicava em estudos e ensaios (mesmo sendo um canastrão), por crer que através do teatro eu poderia comunicar uma mensagem que realmente seria capaz de mudar o mundo.

A palavra “utopia” (do grego ‘ou, não; + topos, lugar) refere-se àquilo que ainda não tem lugar na realidade. Certamente, muitas das mudanças que desejamos ver no mundo realmente enquadram-se nesta categoria. Não quero afirmar que seremos capazes de concretizar as utopias (se assim fosse, Deus não necessitaria redimir o mundo).

Quero ressaltar a verdade que existe um não pequeno âmbito de influência sob nossa responsabilidade.
Trabalhando fervorosamente dentro dos limites do possível, descobriremos que muitas “impossibilidades” estavam apenas aguardando que alguém agisse – com sua arte, seu talento, seu dom – desde que apaixonadamente.

Sendo assim, um sermão pode mudar o mundo.

Uma canção pode mudar o mundo.

Um gesto solidário pode mudar o mundo.

Uma denúncia pode mudar o mundo.

Uma conversa pode mudar o mundo.

É possível trabalhar por uma pró-topia.

Que aqueles que receberam fazer obras semelhante e até maiores que a do Mestre não se contentem em buscar menos nesta vida.

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