Em um futuro não muito distante, em meio às devastações ecológicas e sociais causadas pela guerra, vive Eli (interpretado por Denzel Washington), um guerreiro que tem a singular missão de preservar o último exemplar da Bíblia existente.
A grande temática do filme, contudo, é questionar o papel da religião para a sociedade. Seria ela apenas desde como uma ferramenta eficaz de dominação ideológica (como demonstra o personagem de Gary Oldman), ou indispensável para a humanidade que insiste em aboli-la (como demonstra a decadente sociedade com a qual convive).
Uma das sacadas do filme é que Eli aparece como um cristão bem "comum", apesar de sua importante missão: é um homem devoto, que ama a Deus, mantém-se íntegro e que anseia ardentemente que os outros conheçam e vivam as palavras do Livro que protege - mas em nenhum momento ele é apresentado como uma caricatura gospel. Inclusive, o fato de ele ser um guerreiro toca na relevante questão ética sobre o uso legítimo da força para promover a justiça. Seria a postura de Eli incompatível com o cristianismo?
Além disso, o filme faz uma bem-sacada crítica à política bélica fundamentalista de Bush e, apesar do elogio que realiza às Escrituras (curioso: Eli afirma que a versão bíblica que ele carrega é a King James, a versão americana mais popular e usada, comparável à Almeida e Corrigida brasileira. Por que será?) e sua permanente relevância, uma das cenas finais do filme me pareceu uma defesa ao ecumenismo. Será? Assista e tire suas conclusões.
PS: ao descobrir o grande segredo de Eli no final do filme, me diga se você , assim como eu, também não ficou com vontade de ter o mesmo "poder" que ele?
Bom divertimento!
Parabéns pelo trabalho no blog. Já estou seguindo.
ResponderExcluirAproveito para lhe convidar a conhecer o meu blog, e se desejar segui-lo, será uma honra.
Seus comentários também serão muito bem-vindos.
www.adonainews.com.br
Vicente Natividade
Obrigado pelo apoio, irmão Vicente: a honra é minha!
ResponderExcluirQuanto ao seu blog, já estou lá!
Graça e Paz!