terça-feira, 10 de agosto de 2010

CELEBRAR O DIA DOS PAIS, CELEBRAR O DIA DO HOMEM


Não sou adepto a extremismos que, em nome da denúncia ao espírito comercial que caracteriza boa parte das festas de nosso calendário, impede a singeleza de uma celebração. Por esta razão comemoro o Dia dos Pais e outros afins.

A paternidade aparece como uma das várias experiências que caracterizam a chegada à idade adulta: a entrada no mercado de trabalho, o princípio da independência econômica, assumir responsabilidades cívicas, a vivência de um grande amor...


Celebrar a paternidade é celebrar a maturidade.


Infelizmente a paternidade tem sido cada vez mais caracterizada como uma experiência menor, um “acidente de percurso”, por ser vivenciada por homens que evitam a todo custo qualquer experiência de amadurecimento.


Na maioria dos casos deste tipo, celebrar o Dia dos Pais não significa celebrar a paternidade como experiência abençoadora dentro de um projeto de vida maior, mas simplesmente lembrar de uma transa mal planejada!


E coitados dos filhos que têm de passar pelo segundo domingo do mês de agosto com um sorriso amarelo nos lábios...

O maior inimigo do Dia dos Pais não é o comércio que tenta induzir ao consumo de ferramentas, meias e outras bugigangas para presentear, mas no egoísmo desmedido de muitos “homens” que não estão à altura da posição privilegiada que desfrutam.


Celebrar o Dia dos Pais é celebrar o Dia do Homem, celebrar a chegada da vida adulta com todas as suas promessas, celebrar o fato de que o tempo do jovem já se foi e chegou ao mundo um homem com o qual ele pode contar.


Com o qual seus filhos podem contar.


Só há pai quando há homem, e só há homem quando existe um ser humano disposto a amar aceitando todos os encargos do amor, pois esta é a única forma verdadeira de amar.


Ser capaz de inseminar uma mulher não prova que ninguém é homem, muito menos que seja capaz de amar.


É ao pensar em todas as crianças que passaram pelo dia 08 de agosto com tristeza, que vêm o enorme desejo de que a produção de espermatozóides de um indivíduo estivesse ligada à qualidade de seu caráter.


Sei que este não é um desejo bom, nem justo (afinal, muitos filhos existem que compensam toda a falta de hombridade dos pais) e peço perdão  pelo meu radicalismo.


Mas entendam: o próprio Deus apresenta a si mesmo como Pai.

E tenho certeza de que Ele não gosta nem um pouco dividir Seu título com muitos indivíduos levianos que pretensamente são o alvo dos festejos de 08 de agosto!

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