Está alguém entre vós aflito? Ore.
Está alguém contente? Cante louvores. (Tiago 5.13)
Louvarei ao SENHOR em todo o tempo; o
seu louvor estará continuamente na minha boca. (Salmo 34.1)
Estes
dois textos, colocados lado a lado, parecem contraditórios. Um deles parece sugerir (e exortar a) um estado de constante alegria e efusão religiosa; o outro parece
reconhecer os altos e baixos da vida e a atitude adequada para cada momento.
Não
se trata de contradição, mas de complementação – cada texto atende a um
importante propósito.
Tiago
5.13 é a denúncia e a crítica da espiritualidade ufanista, movida por bravatas
(tão característica de nosso evangelicalismo!). O apóstolo sabe que a aflição é
uma realidade para os fiéis. Não os condena por seu abatimento, nem faz falsas
promessas, apenas os exorta a compartilhar com Deus seu fardo.
Tiago
sabia que a alegria simulada não traz vitória sobre a aflição (pelo contrário,
traz frustração): o aflito precisa da restauração de sua alegria, através do
contato com o Todo-Poderoso em oração.
Logo,
Tiago 5.13 é um chamado à sobriedade.
Todavia,
o Salmo 34 nos lembra que o abatimento não pode ser o estilo de vida do
cristão: louvar ao Senhor em todo o tempo, de forma contínua, não é a descrição
de uma atitude ufanista e alienada, mas nos indica uma vida de constante vitória
contra a aflição.
Assim
como Ana, que não mais se sentiu triste após orar (1Sm 1.18), o cristão possui
recursos contra a aflição que não pode ser negligente em empregar.
O
Salmo 34.1 é um chamado à manutenção da alegria.
A
Palavra de Deus possui harmonia e respostas a todas as necessidades da vida.
É por isto que nos foram dados estes dois textos. É por isso que precisamos de ambos.
Para que a vida seja encarada com
realismo e alegria.
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