Desde 13 de março de 2013, ao ser
eleito papa, Jorge Mario Bergoglio tem surpreendido o mundo com suas atitudes.
A começar pela escolha de seu
nome papal, “Francisco”, homenageando o poverello
de Assis. Logo em seguida, ao pedir que orem por ele, surpreende com suas
maneiras afáveis e gentis. Continua surpreendendo com sua acessibilidade e,
principalmente, por seu desapego, expresso nos hábitos simples, na pela pregação a
favor de uma vida simples e na punição de religiosos que viviam luxuosamente à
custa dos fiéis.
Realmente, Francisco é uma
surpresa para o mundo (mesmo para aqueles que, como eu, não concordam com sua teologia). Uma grata surpresa.
E ao mesmo tempo, lamento que
Francisco cause tanta admiração – pois, afinal, ele está simplesmente demonstrando
a prática que sua crença exige.
O nível de surpresa que o mundo demonstra diante de Francisco demonstra também algo mais grave: que não é esperado
um comportamento gentil e humilde por parte de um líder religioso. Quando ocorre, é de causar admiração.
Isto mostra que a regra se tornou
exceção! Triste realidade!
Costumo pensar que herói é aquele
que faz o qualquer um deveria ter feito. Neste sentido, a existência de “heróis”
se constitui em uma anomalia. E, como dito, triste é o povo que precisa de
heróis – porque não assume sua vocação para a virtude.
Precisamos de uma nova safra de
religiosos que mostre que gentileza e humildade é regra, não exceção, fazendo
com que o mundo pare de se espantar diante destas virtudes – e simplesmente se
acostume com elas.
E que esta nova safra venha a surgir também no Brasil, tão repleto de pastores-que-querem-ser-papas, que fariam bem em observar melhor este papa que quer ser pastor.
Realmente as primeiras ações do Papa Francisco provocam algumas esperanças,quiçá algumas atitudes de lideres religiosos,dentro de um mar de individualismos e incentivos ao sucesso pessoal,aparece um líder com uma visão mais humana e fraternal,preocupada com os mais necessitados,seria um retorno ao Vaticano 2 ,aos passos de Paulo VI , se distanciando da linha neoliberal de João Paulo II e da ortodoxia vazia de Bento Ratzinger ( urgh) o tempo dirá,tomara que sua atitude gere uma regra daqui para frente e que não seja apenas uma exceção.
ResponderExcluirPaz do Senhor, Evaldo!
ResponderExcluirMinha maior expectativa em relação a Francisco é que ele sirva de modelo para muitos pastores!
PS: acredito que Bento XVI também foi um papa de tremenda importância como apologista, ao reafirmar que o cristianismo não pode ser refém do relativismo pós-moderno.