Domingo, 07 de agosto, por volta das 17:00h.
Venho fazendo com o carro um trajeto curto, de não mais que 15 minutos, da igreja até minha casa.
Ligo o rádio, sintonizo em uma estação evangélica.
Entre gritos, frases de efeito e línguas estranhas, escuto um pregador vociferar para que as pessoas ofertassem e dizimassem.
Mudo a estação.
Na outra, uma senhora solicita ao pastor que faça uma “oração forte” por ela.
Desligo o rádio. Como disse, o trajeto era de cerca de 15 minutos e não agüentaria esta tortura por tanto tempo.
Mesmo dia, trajeto para o culto noturno.
Ligo o rádio e as primeiras palavras que escuto são “Banco Bradesco”.
Desligo o rádio antes de sair da garagem de casa e vou em silêncio para a Igreja e menciono em meu sermão meu desgosto com o teor da programação das rádios evangélicas.
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Preocupo-me com a imagem que as emissoras evangélicas têm promovido do Evangelho junto ao público, com sua programação recheada de Williams Colgates, crendices e incentivo à superstição e personalismo.
(Ou que imagem formada do Evangelho você acha que tinha a senhora que buscava uma “oração forte” do pastor?)
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Segunda-feira, por volta das 7:40 da manhã.
Por teimosia, novamente ligo o rádio do carro. E sou bombardeado com o número de uma conta corrente.
Mas desta vez não viajo em silêncio, mudo a função do aparelho e opto por viajar ouvindo os MP3 de meu pen-drive.
Ainda bem que desliguei a tempo de não ter de ouvir o locutor gritando “Êita, Deus!”
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Sei que não devo generalizar: não é toda programação gospel radiofônica que presta um desserviço ao Evangelho: reconheço que através das ondas de rádio, milhares de vidas são alcançadas, evangelizadas e edificadas.
Mas ou eu sou muito azarado que não consigo sintonizar tal programação de qualidade ou realmente ela é muito escassa!
PENSO QUE:
... se manter um programa evangélico no ar custa tão caro que o tempo da programação necessário para a evangelização deve ser utilizado na realização de pedidos constantes de ofertas...
... se a pregação radiofônica do Evangelho tem comprometido a essência do Evangelho, com doutrinas e atitudes estranhas...
... se o modelo de espiritualidade apresentado mais contribui para a alienação que para o discipulado...
... se um desserviço ao Evangelho tem sido prestado...
... está na hora de a Igreja repensar e reformatar urgentemente este ministério!
Vitor Gadelha
ResponderExcluirA paz do Senhor Jesus Cristo
Concordo plenamento com seu comentário a respeito da programação evangélica publicizada através das emissoras de rádios.
Em muitos casos, vejo um falta de respeito ao público pensante e um falta de criatividade dos produtores desses programas se é que o tem.
Sou crítico de rádio, não só na questão evangélica, mas como um todo. Os pastores, líderes de programas têm que cuidar mais do que vão falar e falar para o povão entender e não complicar o entendimento de quem se coloca diante de um rádio para aprender a palavra e ser edificada por ela.
A respeito deste assunto, convido-o a nos ouvir. Temos um programa "JESUS É O CAMINHO", que apresentamos todos os domingos pela Rádio Piemonte FM - www.piemontefm.com.br
Faça sua crítica pelo e-mail: pr.gomessilva@gmail.com e por este também podes nos dar boas idéias para que as coloquemos em prática.