Por duas vezes a filha de Xororó chamou atenção da mídia e da sociedade neste ano de 2011.
A primeira foi quando aceitou ser a garota-propaganda de uma cerveja, cujo nome fantasia faria um trocadilho de péssimo gosto (e intencional) com a figura da cantora.
A segunda vez, foram as “bombásticas” declarações que ela deu à imprensa sobre sexualidade.
Tal comoção é explicada porque Sandy sempre foi vista como referencial de boa-moça.
Para mim (e isto é uma interpretação particular), as recentes atitudes da Sandy soam como um esforço intencional e consciente para desconstruir a imagem de “boa moça” como era conhecida.
Em parte eu considero compreensível o que está acontecendo, pois ser referencial de “boa moça”, não raro, significa ser referencial de um estereótipo (no caso, um ser apático, sem iniciativa e assexuado). Não é agradável viver para satisfazer às expectativas do público, que , não raro, é cruel em suas cobranças e demandas e invasivo no relacionamenhto com o indivíduo (uma preocupação à qual o próprio Xororó já havia se referido: http://www.terra.com.br/istoegente/48/entrevista/index.htm).
Meu lamento é que, em tal esforço, Sandy não tenha percebido que ela esteja abdicando de algo bom e valioso em si mesmo: ser referencial de “boa moça” (a despeito das cobranças sociais injustas), sempre significou respeitabilidade, credibilidade e bom-senso.
Eu lamento porque não creio que ser "boa moça" seja um motivo de vergonha, mas de alegria e satisfação pessoal.
Meu desejo e oração é para que, na luta por preservar sua individualidade, Sandy não acabe desvirtuando sua identidade, pois diz a Bíblia Sagrada que “Melhor é a boa fama do que o melhor ungüento” (Eclesiastes 7.1) – e parece que é a este precioso tesouro que ela parece estar disposta a abdicar.
Infelizmente , tenho que concordar ..
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