terça-feira, 30 de agosto de 2011

666, O NÚMERO DA BESTA (Só que agora no outro sentido...)

E eu que pensava que depois de INRI Christi não veria nada pior... Aff!

Leia as "pérolas" escritas no panfleto da doce criatura abaixo as lágrimas, ou o vômito, ou ambos! 









É lamentavel que existam pessoas que levem um sujeito desses a sério e o sigam.

Mas, pensando bem, se o INRI Christi consegue, por que ele também não?

É a "democratização" do Reino das Trevas!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

SÉRIE: LIÇÕES PRECIOSAS QUE PODEMOS APRENDER... COM QUEM JAMAIS ESPERARIAMOS! (II)

BENTO XVI

O mundo reagiu com apreensão à escolha do sucessor de João Paulo II em 2005.

A escolha de Joseph Ratzinger, cuja intransigência doutrinária lhe valeu o apelido de “Rotweiller de Deus”, significaria o exercício de um pontificado não só desprovido do carisma de seu antecessor (não á toa chamado de “papa pop”), mas que também retardaria (ou boicotaria) os movimentos de reforma e modernização do catolicismo.

A capa publicada por Veja à época expressa bem este sentimento de apreensão:

Não elogio Ratzinger por concordar com suas doutrinas ou com suas crenças.

Meu elogio se deve à postura do atual papa.

Hoje, passados seis anos, ele ainda é conhecido por ser um religioso linha-dura, incapaz de negociar suas crenças e alterar seu discurso – mesmo à custa de popularidade.

A recusa de dobrar-se diante das conveniências torna Bento XVI em um exemplo de firmeza de princípios.

Ou seja, para preservar suas convicções, Bento XVI não tem medo de encarnar o papel de “anti-pop”!

Digo com pesar que nosso Brasil evangélico, de tanta fluidez doutrinária e moral, com tanta concessão ao apelo da mídia e das conveniências precisa urgentemente do exemplo deste homem, heterodoxo em sua doutrina, mas ortodoxo em sua firmeza de princípios.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ESBOÇO: O CRISTÃO E O DESEJO

TEXTO-BASE: 1TESSALONICENSES 4.1-8


INTRODUÇÃO:


• Possíveis leituras de 1Ts 4.4: possuir “seu vaso” em santificação e honra – isto se refere ao cônjuge ou a possuir a si mesmo, em um processo de satisfação honrada e santa dos próprios desejos?


• O aspecto não-negativo do desejo


     o Deus é um ser que deseja


     o O homem é um ser que deseja


     o O testemunho das experiências equivocadas da história para lidar com o desejo devido à negação desta realidade (Orígenes, Agostinho, Anchieta).


• Aspectos problemáticos ligados ao desejo, segundo Freud:


    o O risco do narcisismo


    o O risco da negação do princípio da realidade


• Problemáticas envolvidas com a questão do desejo


    o Desejar o que é proibido


          Aquilo que desejemos fala a respeito de nós mesmos!


    o Desejar o que é lícito, mas através de meios errados


TESE: O CRISTÃO DEVE VIVENCIAR O DESEJO DE FORMA SALUTAR, ASSIM BENEFICIANDO SUA RELAÇÃO COM DEUS, COM OS HOMENS E CONSIGO.

Frase de transição: Como o cristão lida com o desejo?


1. O cristão APRENDE a lidar com o desejo (V. 4: “que cada um de vós SAIBA possuir seu próprio vaso em santificação e honra)


2. O cristão não vive de forma EGOÍSTA seu desejo (V. 6 “Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas”)


3. O cristão se HUMANIZA através de seu desejo (V.7 “Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação.” )


a. APLICAÇÃO: Mencionar exemplos dos efeitos devastadores (desumanizadores) do desejo descontrolado.


4. O cristão vivencia o desejo de forma REDENTORA (V. 8 “Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas, sim, a Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo”.)


a. O cristão vive o prazer em HARMONIA com seu PRAZER MAIOR: seu relacionamento com Deus.


CONCLUSÃO: Não somos chamados a negar o desejo, nem tampouco a deixá-lo nos dominar, mas aprender a lidar com ele e assim vivenciá-lo de forma plena e abençoada.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A ÚLTIMA NOVELA QUE ACOMPANHEI

Fiz parte de uma geração que podia assistir novelas em sua infância.

Antigamente, as novelas das 7 tinham um viés mais cômico, enquanto a novela das 6 eram mais "água-com-açúcar", e as tramas mais densas eram reservadas para as novelas das 8.

Lembro-me de quantas gargalhadas dei junto de minha mãe assistindo a novelas das 7 como "Vereda Tropical" e "Cambalacho".  

Sabe aquela cena antológica de Fernanda Montenegro e Paulo Autran atirando um no outro o café da manhã? Pois é, eu vi quando passou pela primeirta vez.

"Roque Santeiro", então, foi emocionante (embora, aos 8 anos de idade, não conseguisse compreender a dimensão política do folhetim de Dias Gomes). Lembro-me da correntinha do "Sinhozinho Malta", de Regina Duarte gritando por "Nina", da figura enigmática do Beato Salu e da maldade de Zé das Medalhas.

Atualmente as novelas mudaram muito - e não  creio que possam mais ser assistidas por crianças.

Também não tenho mais interesse em assistir novelas.

Mas recordo-me de uma das últimas novelas que acompanhei com uma certa regularidade: pulei vários capítulos, mas me interessava pela história.

Era uma trama leve, palatável, que lembrava muito as novelas de minha infância: havia o elemento romântico dos protagonistas, o elemento cômico, a crítica à ambição e materialismo dos vilões.

Esta também foi a primeira novela global na qual uma atriz negra ocupou o papel de protagonista: Thaís Araújo, tendo como par romântico Reinaldo Gianecchini (oremos por ele).

Esta foi uma decisão de grande significado social: o folhetim queria prestar um serviço à causa da igualdade, inclusão e cidadania.

Mas a emissora não conseguiu deixar de dar um tiro no próprio pé com a escolha infeliz do título!

A novela chamava-se "Da Cor do Pecado".

O título fazia uma associação racista (inconscientemente, creio eu), entre pecado e cor!

(E mesmo que o "pecado" no título do folhetim não tenha conotação teológica, mas a conotação do senso comum, sabemos que o termo sempre assume o sentido de lascívia ou tentação - ou seja, de qualquer forma, a associação seria sempre negativa)

Ou seja, o título concedeu um viés racista a uma novela que pretendia ser anti-racista!

O serviço transformou-se em desserviço!

Lamento profundamente por esta contradição (que, repito, espero que tenha sido inconsciente) cometida pelos autores.

Mas isto nos ensina que só poderemos prestar um serviço social efetivo e transformador se nossos esforços estiverem baseados em uma reflexão profunda e crítica, capaz de superar todos os conceitos equivocados e injustos do senso comum. 

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

UM TESTEMUNHO

A melhor noite de minha carreira como pregador até então foi quando fui pregar na igreja do Pastor X.

Como o culto fazia parte de uma programação envolvendo outras igrejas das redondezas, estava lá também o pastor Y.

O sermão da noite esteve baseado em Lucas 10.25-37, na parábola do Bom Samaritano. A tônica da mensagem é que Deus está farto de ter de usar as exceções da história (o samaritano), devido à indiferença dos religiosos, de quem naturalmente se espera amor e boas obras.

Fiquei feliz, pois senti que a mensagem foi abençoada por Deus e assimilada pela Igreja. Além disso, após o culto, pude passar momentos muito agradáveis com minha família (algo que, na minha rotina, às vezes se torna raro): lembro que comemos pizza juntos e lembro-me também da alegria de meu filho quando fomos à banca comprar um álbum de figurinhas do Ben 10.

A surpresa inesperada foi quando, meses depois, fui convidado para pregar na igreja do pastor Y.

Enquanto aguardava a hora da ministração, uma senhora recebeu a oportunidade para falar e testemunhou de sua alegria por agora ter um teto, agradecendo ao mutirão organizado pelo pastor Y juntamente com os irmãos da igreja para construir um cômodo de alvenaria para ela.

Quando o microfone voltou ás mãos do pastor Y, ele revelou que a mensagem que eu pregara meses atrás na igreja do pastor X o havia incomodado, desafiado e motivado a realizar esta obra a favor daquela irmã.

Foi algo maravilhoso para mim saber que uma senhora tinha onde repousar a cabeça devido a um sermão que eu preguei.

E mais: Se eu não estivesse lá naquela exata noite, eu jamais saberia disto, não só pelo testemunho da irmã, que nada sabia, prestado na noite em que lá eu estava, mas também porque pouco tempo depois, o pastor Y deixaria a cidade.

Lendo este post, talvez venha à sua mente o desejo de me recriminar ou me taxar de materialista, por dedicar tantas linhas a um fruto material de meu ministério (ou seja, falar de uma casa ao invés de falar de almas).

Mas para aqueles que, como eu, sabem quanto é difícil pregar e lidar com as crises ministeriais (qual obreiro nunca se perguntou: “será que amarrei meu burro no lugar certo”?) sabem quão valioso é poder contemplar de forma tão concreta um sinal da bênção de Deus sobre seu ministério.

Aqueles que assim sabem podem melhor apreciar estes vislumbres incentivadores que Deus, em sua graça, concede ao pregador.

E saber que a glória é só dEle.

Mas a alegria Ele aceita dividir com o pregador.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

MEU LAMENTO POR SANDY

Por duas vezes a filha de Xororó chamou atenção da mídia e da sociedade neste ano de 2011.

A primeira foi quando aceitou ser a garota-propaganda de uma cerveja, cujo nome fantasia faria um trocadilho de péssimo gosto (e intencional) com a figura da cantora.


A segunda vez, foram as “bombásticas” declarações que ela deu à imprensa sobre sexualidade.


Tal comoção é explicada porque Sandy sempre foi vista como referencial de boa-moça.

Para mim (e isto é uma interpretação particular), as recentes atitudes da Sandy soam como um esforço intencional e consciente para desconstruir a imagem de “boa moça” como era conhecida.


Em parte eu considero compreensível o que está acontecendo, pois ser referencial de “boa moça”, não raro, significa ser referencial de um estereótipo (no caso, um ser apático, sem iniciativa e assexuado). Não é agradável viver para satisfazer às expectativas do público, que , não raro, é cruel em suas cobranças e demandas e invasivo no relacionamenhto com o indivíduo (uma preocupação à qual o próprio Xororó já havia se referido: http://www.terra.com.br/istoegente/48/entrevista/index.htm).

Meu lamento é que, em tal esforço, Sandy não tenha percebido que ela esteja abdicando de algo bom e valioso em si mesmo: ser referencial de “boa moça” (a despeito das cobranças sociais injustas), sempre significou respeitabilidade, credibilidade e bom-senso.

Eu lamento porque não creio que ser "boa moça" seja um motivo de vergonha, mas de alegria e satisfação pessoal.

Meu desejo e oração é para que, na luta por preservar sua individualidade, Sandy não acabe desvirtuando sua identidade, pois diz a Bíblia Sagrada que “Melhor é a boa fama do que o melhor ungüento” (Eclesiastes 7.1) – e parece que é a este precioso tesouro que ela parece estar disposta a abdicar.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

MEU PROBLEMA COM AS RÁDIOS EVANGÉLICAS

Domingo, 07 de agosto, por volta das 17:00h.

Venho fazendo com o carro um trajeto curto, de não mais que 15 minutos, da igreja até minha casa.

Ligo o rádio, sintonizo em uma estação evangélica.

Entre gritos, frases de efeito e línguas estranhas, escuto um pregador vociferar para que as pessoas ofertassem e dizimassem.

Mudo a estação.

Na outra, uma senhora solicita ao pastor que faça uma “oração forte” por ela.

Desligo o rádio. Como disse, o trajeto era de cerca de 15 minutos e não agüentaria esta tortura por tanto tempo.

Mesmo dia, trajeto para o culto noturno.

Ligo o rádio e as primeiras palavras que escuto são “Banco Bradesco”.

Desligo o rádio antes de sair da garagem de casa e vou em silêncio para a Igreja e menciono em meu sermão meu desgosto com o teor da programação das rádios evangélicas.

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Preocupo-me com a imagem que as emissoras evangélicas têm promovido do Evangelho junto ao público, com sua programação recheada de Williams Colgates, crendices e incentivo à superstição e personalismo.

(Ou que imagem formada do Evangelho você acha que tinha a senhora que buscava uma “oração forte” do pastor?)

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Segunda-feira, por volta das 7:40 da manhã.

Por teimosia, novamente ligo o rádio do carro. E sou bombardeado com o número de uma conta corrente.

Mas desta vez não viajo em silêncio, mudo a função do aparelho e opto por viajar ouvindo os MP3 de meu pen-drive.

Ainda bem que desliguei a tempo de não ter de ouvir o locutor gritando “Êita, Deus!”

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Sei que não devo generalizar: não é toda programação gospel radiofônica que presta um desserviço ao Evangelho: reconheço que através das ondas de rádio, milhares de vidas são alcançadas, evangelizadas e edificadas.

Mas ou eu sou muito azarado que não consigo sintonizar tal programação de qualidade ou realmente ela é muito escassa!

PENSO QUE:

... se manter um programa evangélico no ar custa tão caro que o tempo da programação necessário para a evangelização deve ser utilizado na realização de pedidos constantes de ofertas...

... se a pregação radiofônica do Evangelho tem comprometido a essência do Evangelho, com doutrinas e atitudes estranhas...

... se o modelo de espiritualidade apresentado mais contribui para a alienação que para o discipulado...

... se um desserviço ao Evangelho tem sido prestado...

... está na hora de a Igreja repensar e reformatar urgentemente este ministério!