Nestes locais, onde é vivenciada a absoluta informalidade da fé, operários, donas de casas, desempregados e aflitos em geral oram uns com os outros, uns pelos outros, compartilham seus saberes e dons mutuamente; cantam, contam testemunhos. Ministram inspiração àqueles que, não raro, sentem-se no fundo do poço.
Mães de família lutam em oração por seus filhos, não raro às voltas com graves problema..
Esposas solitárias em sua fé intercedem pela conversão de seus maridos e a conseqüente transformação de seus lares.
Desempregados buscam no Senhor uma porta de emprego e expressam a Ele a humilhação que sentem.
Novos convertidos buscam ansiosamente por crescimento espiritual.
Pessoas que não receberiam atenção no cotidiano conseguem ter sua experiência e sabedoria de vida estimadas.
Experiências são trocadas (não raro entre lágrimas), de tribulações e também de vitórias.
A liturgia é um exercício coletivo, radicalmente inclusivo – todos podem falar, todos devem ouvir.
O sobrenatural torna-se lugar comum, no cultuar de pessoas acostumadas a considerar Deus como próximo e assim conviver com Ele.
Existem erros? Sim. Excessos? Sim. Mas todo excesso de zelo sem entendimento, na verdade, se trata de um excesso do amor. Maria não foi ponderada ao derramar um frasco inteiro de perfume sobre o Mestre... E o entendimento sem zelo também é um problema igualmente sério...
E, ao ouvir a voz do Senhor, tais pessoas encontram refrigério e força para continuarem perseverando. Estoicismo? Não. Se trata de fé que se traduz em firmeza para aguardar as promessas de Deus.
Graças à operosidade do Reino, estes humildes anônimos tornam-se capazes de abençoar vidas.
O que me impressiona tanto nas campanhas de orações? O fato de que lá, a fé é vivenciada em toda sua passionalidade. Lá, o Senhor é sentido, buscado e compartilhado visceralmente. E não consigo deixar de ter a impressão, ao ver este tipo de reunião, que é nestes humildes irmãos que se encontra a verdadeira força da Igreja.
Excelente comentário e observação.
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