domingo, 1 de novembro de 2009

PORQUE É MELHOR PERDER NA FINAL QUE NAS ELIMINATÓRIAS


Tive um pesadelo esta semana no qual uma pessoa amiga estava à beira da felicidade e era visitada pela tragédia, que boicotava violentamente seu sonho.

Acordei sentindo o desalento pela frustração, intensificada por parecer tão perto e tão certa a realização.

Foi apenas um sonho.
Mas é pertinente a pergunta:

De que vale a pena avançar tão longe (em um sonho ou em um projeto) para apenas encontrar a frustração? Não seria melhor nem começar?

Nem nutrir esperanças?
Perguntemo-nos: O que torna diferente que o Brasil perca na final da Copa do Mundo ao invés de perder na primeira fase?
A resposta é: seis partidas vitoriosas!
O fato de uma meta não ser atingida não invalida os sucessos que fizeram parte de sua busca.
Eticamente falando, o caminhar é tão ou mais importante quanto o chegar.
Martin Luther King não viveu para ver Barack Obama como presidente dos Estados Unidos, mas pôde dizer, em vida, que vira a glória do Senhor, reconhecendo o valor das pequenas conquistas de então.
Moisés não pôde entrar na Terra Santa, mas sua biografia permanece incólume como exemplo de liderança e devoção a Deus.
Deus não terá cumprido seu intento maior: não prevalecerá sobre todos os corações dos homens, que persistirão em viver de forma egoísta e incrédula.
Que faz o Todo-Poderoso?
Alegra-se por Aqueles que conquistou.
Valoriza a escolha de cada coração que optou por amá-Lo e conhecê-Lo.
O parcial não é destituído de valor.
Algum sucesso é infinitamente melhor que nenhum sucesso.
Mesmo as esperanças não realizadas são responsáveis por terem nos levado a caminhar em frente, e nos tornaram melhores.
A vida não termina com o fracasso de um projeto, nem diminui em valor e significado.
Diante da frustração por aquilo que não foi, permanece a memória do que foi.
E, reconhecida a posse de tal tesouro, mesmo um coração ferido poderá dizer que valeu a pena perseguir a felicidade e a contribuição que cada momento nesta busca.

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