terça-feira, 24 de novembro de 2009
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
QUE BOM QUE ÀS VEZES DEUS NÃO NOS LEVA A SÉRIO!
Após ter sido vitimada pela perca do marido e dos filhos, e com a perspectiva de um regresso doloroso à sua pátria, Noemi toma uma decisão fatídica: não mais queria ser chamada pelo seu nome (cujo significado é "minha delícia"), preferindo ser tratada por Mara ("amargura").
Por consider que a tragédia havia obtido poder para definir sua vida, Noemi abriu mão de sua identidade.
Felizmente, Deus não concordou.
O autor bíblico (provavelmente Samuel) jamais utiliza o termo "Mara" para falar de Noemi (veja Rute 1.22; 2.1-2, 6, 20, 22; 3.1, 18; 4.3, 5, 9, 14, 16-17).
Deus não abriu mão da identidade de Noemi e desrespeitou sumariamente a nova maneira pela qual ela concebia a si mesma e a vida, fazendo-a ver que as coisas não são como ela pensava, e que era possível ainda conhecer a felicidade.
Deus não desistiu de Noemi, apesar de ela ter desistido de Si.
Deus não desiste de nós em nossas precipitações.
Deus não nos trata na mesma medida de nossas iniquidades e nem tampouco nos recompensa com base em nossa limitada fidelidade.
Deus ainda nos enxerga como somos, apesar dos pseudônimos que adotamos.
E ele jamais irá aceitar as decisões que tomamos acerca de nós mesmos que impliquem em um projeto de vida que não concretize o melhor que Ele tem para nós: assim como ele não aceitou tratar Noemi como Mara, Ele não aceitará abrir mão do homem e da mulher que Ele quer formar em nós, concordando com as alcunhas que assumimos e apelidamos de "vida", "identidade" e "perspectivas".
Que bom para nós!
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
DOENÇAS QUE NÃO PODEM ATINGIR A SUA ALMA II: A SÍNDROME DE ELIAS, OU "SOU O ÚLTIMO FIEL DA FACE DA TERRA"!
Ele respondeu: Tenho sido em extremo zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida". (1.º Reis 19.13-14)
É uma forma diferente de monopolizar Deus: enquanto a pessoa exclusivista não aceita que outros tenham acesso a Deus, esta não acredita que seja possível que isto aconteça.
A "síndrome de Elias" é uma tendência que se torna perceptível em discursos que tentam caracterizar indivíduos ou comunidades (o aspecto gregário da síndrome) como a voz profética de Deus, os mais puros doutrinariamente, os realmente avivados, a igreja pensante.
(Fatores como uma tradição denominacional ou uma questão teológica particular podem fomentar este sectarismo "piedoso".)
Certamente quem assim pensa deve sentir enorme solidão e desconfiança em relação ao próximo.
Assim sentia-se Elias na caverna: só e cético em relação aos homens.
A cura para a "síndrome de Elias" está no entendimento de que as menções bíblicas ao "remanescente fiel" são coletivas, e não individuais.
Você NÃO É o último crente da face da Terra!
Você NÃO É a única voz que Deus usa.
Você NÃO É o único a preocupar-se com andar em retidão.
Você NÃO É o único enojado com tanto engano religioso.
Você NÃO É o único a pensar.
Você NÃO É o único a experimentar Deus - outros O conhecem melhor que você, e sua vida pode ser abençoada por aprender com eles.
Você não está só.
Foi o que Elias teve de aprender.
"... conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou". (v. 18)
Nosso Senhor (não é só teu, viu?) prometeu que as portas do inferno não prevaleceriam contra a Igreja - portanto, volte a ter fé nos homens como expressão de fé em Deus, reconhecendo que Sua graça é poderosa também na vida do próximo.
Assim como foi na sua.
Se você não descrê do que Deus fez em Sua vida, não duvide do que Ele tem feito em outros; não duvide que você tenha irmãos: você não tem este direito.
domingo, 8 de novembro de 2009
DUAS PALAVRAS QUE DEVEM SER EXCLUÍDAS DO RELACIONAMENTO COM DEUS
PALAVRA NÚMERO 1: ACHO
Temos poucas certezas na vida, o que encerra o ato de viver em um contexto de mistério. Mas não somente mistério: também incerteza, temor e ansiedade acabam sendo subprodutos da incerteza.
Não é imprudente viver e valorizar as verdades às quais temos acesso.
(Aquele que põem em dúvida a existência de verdades absolutas neste universo deveriam colocar as mãos no fogo e gritar: "Eu não creio que o fogo queime"! - e assim se veriam curadas de seu relativismo ilógico.)
Por que é errado usar "eu acho" em relação a Deus?
Porque entre tantas incertezas, Deus nos dá conhecimento seguro de si mesmo - de Sua existência, de Seu caráter e de Seus propósitos.
É só ler a Bíblia.
Porque Deus Se revela (e, neste sentido, define a Si mesmo), este é um dos poucos temas da vida nos quais podemos utilizar um abençoado "eu sei"!
Se Deus não fornecesse conhecimento de Si mesmo, restaria ao homem apenas a esapeculação.
É claro que não quero afirmar que é possível saber tudo sobre Deus!
Deus será conhecido de forma mais plena apenas na eternidade.
Mas aquilo que sabemos, ou melhor, o conhecimento que Deus nos proporciona de Si mesmo é suficiente para fundamentar a visão de mundo e a conduta, concordando com as palavras do salmista: "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para os meus caminhos". (Salmo 119.105)
"Achismo" em relação a Deus é ateísmo em sua variante mais antropocêntrica, no sentido de ser uma tentativa da criatura em definir o Criador, rejeitando o que Ele diz acerca de Si mesmo.
PALAVRA NÚMERO 2: LEGAL
Não sei se você define Deus como "legal".
Talvez você diga que Ele é pop, 10, 100 ou 1000.
Não importa, desde que, em seu entendimento, "legal" não signifique menos que vital.
Sim, pois de que adianta uma conversa sobre Deus e as Boas Novas do Evangelho que tem como conclusão: "Isto tudo é muito legal!"?
A lugar algum.
Falar sobre Deus é falar do sentido próprio da existência.
É Aquele a quem não se pode ignorar.
Por isso, Deus só é percebido realmente quando compreendido como questão de vida e morte.
Caso contrário, Ele não é percebido realmente.
Ele se torna apenas um acessório, um opcional "legal" para a vida.
***Alcançando tal entendimento é possível não apenas falar melhor sobre Deus, mas falar com Ele com maior discernimento e melhor sentimento de coração.
E trazer-Lhe mais honra.