“Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria. É por causa dessas coisas que vem a ira de Deus sobre os que vivem na desobediência as quais vocês praticaram no passado, quando costumavam viver nelas” (Colossenses 3.5-7, NVI).
A epístola à igreja em Colossos é um texto apologético, visando prevenir aquela comunidade quanto ao risco de abrir mão de sua suficiência em Cristo seduzida pelo apelo do racionalismo, de um misticismo falso e/ou do legalismo.
O capítulo 3 expõe qual é o aspecto prático desta suficiência em Cristo enquanto expressão de vida de fé – e introduz este assunto com uma recordação acerca do estilo de vida pregresso daquela comunidade, a fim de contrastá-lo com o caminhar em Cristo.
Imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância – assim viviam aquelas pessoas e Paulo foi enfático em afirmar que isto desperta a ira de Deus.
Fico pensando em como nossa sociedade reagiria a esta afirmação, que condena especificamente os comportamentos mais valorizados em nossa cultura; em suma, tudo o que o brasileiro acha mais divertido – e o Carnaval, os bailes funk e a pornogratização da mídia não me deixam mentir!
Alguém até poderia questionar: “Mas por que a ira de Deus vem justamente sobre ESTAS coisas? Que implicância é esta”?
Deus pode ser facilmente tachado como estraga-prazeres após a leitura de Colossenses 3.5-7.
Abaixo, apresento uma breve análise etimológica de cada termo destacado no texto:
• Imoralidade sexual (gr. porneia): a não-submissão da sexualidade ao Deus que a criou.
• Impureza (gr. akatharsian): a adoção da malícia como estilo de vida, o que impossibilita o respeito e a decência.
• Paixão (gr. pathos): quando a ânsia de viver intensamente desintegra o ser.
• Desejos maus (gr. epithumias kaken): a deificação do desejo, onde nada lhe deve ser negado, equivalente à deificação narcisista e maligna do eu.
• Ganância (gr. pleoneksian): quando o acúmulo de bens é visto como o fim máximo da existência.
Mas creio que a melhor forma de compreender o quão justa é a ira de Deus contra o estilo de vida sacralizado pela sociedade contemporânea é observar os efeitos por ele causados, procurando suas vítimas.
Entendo que a ira de Deus contra a imoralidade sexual é justa quando vejo os filhos das baladas crescerem como consequências indesejadas de um momento de prazer.
Entendo que a ira de Deus contra a impureza é justa quando vejo uma pessoa ser reduzida á condição de objeto sexual, procedimento assim sustentado pela mídia e pelo mercado.
Entendo que a ira de Deus contra a paixão é justa quando vejo famílias e relacionamentos arrasados, pela falta de consideração de alguém que argumentou querer “viver de verdade”.
Entendo que a ira de Deus contra a glorificação do desejo é justa quando vejo o poder destrutivo do desejo desvinculado da ética e do compromisso com o próximo.
Entendo que a ira de Deus contra a ganância é justa quando vejo a corrupção minar verbas que deveriam ser destinadas ao benefício público ou quando vejo o estilo de vida subumano dos workaholics contemporãneos.
Nossos valores estão na contramão do projeto de Deus para a espécie humana – estão na contramão da humanização.
E assim entendemos que a ira de Deus é Sua denúncia da nossa falta de discernimento, que nos leva a hesitar em depor nossos falsos ídolos e descartar suas falsas promessas de realização.
Amém, Deus abençõe sua vida meu irmão grandemente..estarei sempre lendo suas postagens porque sei que és um homem de Deus e a palavra é tudo na nossa vida desde que a pratiquemos.
ResponderExcluirObrigada irmão Vitor.
Que Deus o use como Atalaia para declarar sua Verdade aos quatro cantos da terra
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