Não foram poucas as vezes em que vi pessoas definirem o dízimo como um ato de fé.
Em primeiro lugar, reconheço que tal definição se tornou lugar-comum no meio evangélico, sendo usada de forma bastante corriqueira. Nem tampouco quero sugerir que todos que compreendem o dízimo desta forma o fazem por má-fe. Mas discordo de tal definição, por considerá-la extremamente nociva.
Por quê?
Porque quando o dízimo é definido como um ato de fé, as pessoas dizimam pela motivação errada: para receber mais em troca.
É a institucionalização da agiotagem para com Deus: dar agora, para depois Ele pagar com juros.
Na prática, esta é a "fé" que é suscitada através desta concepção do dízimo.
É por isso que prefiro definir o dízimo como um ato de amor.
Definir o dízimo como um ato de amor é defini-lo a partir de nossas motivações, ou seja, como expressão concreta de nossa solicitude com o Reino de Deus e solidariedade para com o próximo, e renúncia ao individualismo e materialismo.
Dentro de tal definição, o elemento “receber” não tem importância.
É nocivo definir o dízimo como um ato de fé porque fazer assim é defini-lo a partir de resultados – algo que é comprovado pelos inúmeros testemunhos de dizimistas, sempre enfatizando o retorno financeiro que obtiveram.
Nunca vi nenhum dizimista testemunhar acerca da simples alegria proporcionada por servir ao Senhor com seus recursos...
Por isso prefiro a definição oposta, pois creio que ela coloca o dízimo no lugar certo: como forma de cumprir o mandamento do Senhor (Marcos 12.29-31; 1Coríntios 13.3).
Graça e Paz Amigo!!!
ResponderExcluirEstou com saudade de você, ja fazem alguns dias que não nos vemos!
Quero lhe parabenizar pelo seu blog, vejo que ele não esta sendo uma fogueira pintada em uma parede, que é uma fogueira falça, mas, esta sendo uma faisca verdadeira!
Este artigo que você escreveu sobre dizimo é bom, vejo mais ou menos como você! concordo que o dizimo tem que ser um ato de "Amor" isso não pode mudar, tens razão quando diz que muitos o interpretam como ato de fé e querem barganhar com Deus. minha pergunta é a seguinte: O dizimo tambem não é um ato de fé no sentido que todos que contribuem tem que exercer fé para contrubuir? não a "fé" que vai guanhar cem vezes mais, mas, a fé verdadeira no finho de Deus?
Vitor, gostaria que você publicasse algo sobre o comunismo, claro se for possivem! gostaria de saber sua opinão sobre.
Um abraço e fique com Deus.
A Paz do Senhor, Jailson!
ResponderExcluirMuito obrigado por seu constante incentivo e apoio.
Eu até concordo com você e aceitaria definir o dízimo como um ato de fé, desde que esta fé ligada ao ato de dizimar fosse compreendida como a disposição em obedecer e agradar a Deus.
Mas, infelizmente, isto não acontece. Quase todas as vezes em que é evocado o conceito de dízimo como "ato de fé", a ideia é a de um recurso seguro que garante a retribuição divina - ou seja, o dízimo se torna um investimento, que a "fé" o considera vantajoso.
Um grande abraço!
Paz do Senhor!
ResponderExcluirSou pastor evangélico na ilha da Brava - Cabo Verde - África.
Achei muito interessante a forma como o irmão abordou o assunto. Realmente é necessário ter fé para dar o dízimo, para louvar a Deus, para orar e para tudo quanto fazemos a nível espiritual;
Mas dizimar é um acto de amor, pois demonstramos amor a Deus que nos deu trabalho, saúde, família, pão de cada dia e muito mais.
Não podemos contribuir pensando num Deus que espera ver o dízimo para abençoar o seu povo.
Essa história de contar relatos incríveis de dizimistas para incentivar o povo a contribuir, deixa-o com uma grande espectativa do retorno da parte divina. Contribuamos com amor pois ELe nos amou 1º.
www.saidylopes.blogspot.com