Se eu pudesse novamente viver a minha vida,
na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito,
relaxaria mais, seria mais tolo do que tenho sido.
Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico. Correria mais riscos,
viajaria mais, contemplaria mais entardeceres,
subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui,
tomaria mais sorvetes e menos lentilha,
teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata
e profundamente cada minuto de sua vida;
claro que tive momentos de alegria.
Mas se eu pudesse voltar a viver trataria somente de ter bons momentos.
Porque se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos;
não percam o agora.
Eu era um daqueles que nunca ia
a parte alguma sem um termômetro,
uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas e,
se voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver,
começaria a andar descalço no começo da primavera
e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua,
contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças,
se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos e estou morrendo
O poema acima, atribuído a Jorge Luís Borges (tendo sido escrito, segundo alguns, pela americana Nadine Stair) apresenta uma importante lição sobre impedir que a vida seja desperdiçada.
Salomão, no livro de Eclesiastes, também apresenta o mesmo alerta, de maneira incisiva:
Salomão, no livro de Eclesiastes, também apresenta o mesmo alerta, de maneira incisiva:
Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento. (Eclesiastes 12.1)
Segundo a tradição, Salomão escreveu Cântico dos Cânticos em sua juventude, Provérbios em sua meia-idade e Eclesiastes em sua velhice, desiludido com alguns rumos errados que tomara em sua vida – e aconselha as gerações mais jovens a que não cometam o mesmo erro.
Certas conseqüências acarretadas por nossas más escolhas e estilo de vida são irrecuperáveis. Ainda que o perdão de Deus nos alcance (trazendo a redenção do passado e novas perspectivas para o futuro), não é possível mais voltar o tempo.
Quando não resta muito futuro ainda a ser construído (... tenho 85 anos e estou morrendo) a situação se torna particularmente mais agustiosa, pois mesmo a bem-aventurança da vida eterna não possibilita fugir da constatação do fracasso da vida terrena.
Daí a urgência da exortação de Salomão e o caráter sagrado conferido à palavra ANTES – um apelo para a interrupção dos processos que geram a destruição da vida – antes que seja tarde demais.
Esta palavra será acolhida somente por aqueles que a apreenderem em toda sua urgência, compreendendo que Jorge Luís Borges (ou Nadine Stair) falaram verdades importantes e preciosas, que merecem ser lidas e refletidas, mas somente o sentido da vida descoberto por Salomão pode inspirar uma urgência tal que realmente impedirá que a vida seja desperdiçada.
A verdade de que viver com Deus é o único caminho que impede a vida de se tornar um desperdício.
A verdade de que viver com Deus é o único caminho que impede a vida de se tornar um desperdício.
ResponderExcluirUma grande verdade!!!