Eu tinha em mente escrever sobre outro assunto nesta semana. Mas fui impedido pela minha profunda convicção da contemporaneidade da mensagem bíblica: a Palavra de Deus possui respostas para todos os dilemas humanos, em todas as épocas. Sendo assim, senti-me no dever de fazer algumas breves considerações bíblicas sobre a pandemia de gripe A que tem preocupado a população. Concordo com a frase de Karl Barth, que afirmava que o pastor deve subir ao púlpito com a Bíblia em uma mão e o jornal em outra.
Em primeiro lugar, gostaria propor a superação de uma abordagem simplista que faz alarde escatológico com fatos deste tipo. Não é necessário torcer textos bíblicos para enxertar neles uma profecia sobre a gripe suína. É óbvio que a proliferação e o surgimento de novas doenças estão relacionadas com o final dos tempos e o juízo de Deus. Jesus afirmou isto (Lucas 21.11), exortando-nos a vigiar e manter-nos atentos quanto ao engano religioso e as ameaças à nossa integridade, testemunhando dEle com ousadia, sabendo discernir os sinais dos tempos (Mateus capítulo 24, Marcos 13 e Lucas 21). Não é preciso ir além do bom senso de Jesus e da Bíblia para interpretar os sinais dos tempos, desenvolvendo uma escatologia neurótica e extravagante.
O conceito dos “últimos dias” na Bíblia é abrangente, compreendendo o período entre a primeira e a segunda vida de Jesus, que correspondem às duas fases necessárias para a implantação universal do Reino de Deus: toda uma era que se encontra em contagem regressiva rumo ao fim, que chegará SEM AVISO (1João 2.18).
Sendo assim, a abordagem bíblica nos chama a olhar para os sinais dos tempos como convites à vigilância e à reafirmação de nossa esperança – ir além disso é tolice.
O que Jesus nos revelou como certo é que progressivamente a situação moral, social e espiritual da humanidade pioraria até Sua vinda.
Só Deus sabe o quão fundo a humanidade ainda chegará...
Antes de promover excentricidades escatológicas, sinais dos tempos, como a pandemia de gripe A têm a finalidade de promover reflexões, expondo verdades que o homem prefere ignorar:
1) O homem e a natureza estão em conflito. A entrada do pecado causou desordem no cosmos, tornando-o hostil ao homem e vice-versa. Findou-se a harmonia do Éden, estabelecendo-se uma relação predadora de ambos os lados. O universo precisa de redenção.
2) Momentos como estes expõem, como nunca, a fragilidade da espécie. Na verdade, mostram que a humanidade caminha rumo à extinção.
2) Momentos como estes expõem, como nunca, a fragilidade da espécie. Na verdade, mostram que a humanidade caminha rumo à extinção.
Os cientistas temem, para um futuro próximo, a ineficácia de medicamentos frente às mutações de vírus e bactérias que se adaptarão às armas que o homem usa contra eles.
Os recursos naturais da Terra em breve não serão suficientes para manter sua população.
A vida em nosso planeta depende da luz de uma estrela cuja vida útil está contada – ao contrário do que cantam os Titãs, vem o tempo em que não haverá sol.
E a humanidade é incapaz de lidar com o drama da morte.
3) Deus fala através da dor. E a mensagem que apresenta traz a promessa de se interpor na caminhada da humanidade rumo à destruição – Ele interferirá neste processo, e proverá um novo estado de redenção e bem-aventurança na consumação final de Seu Reino, através do qual é possível participar através da fé em Cristo Jesus.
Discirna os sinais dos tempos! Ouça a mensagem que Deus tem para sua vida e reafirme nEle sua esperança!
3) Deus fala através da dor. E a mensagem que apresenta traz a promessa de se interpor na caminhada da humanidade rumo à destruição – Ele interferirá neste processo, e proverá um novo estado de redenção e bem-aventurança na consumação final de Seu Reino, através do qual é possível participar através da fé em Cristo Jesus.
Discirna os sinais dos tempos! Ouça a mensagem que Deus tem para sua vida e reafirme nEle sua esperança!
Semana que vem, ou antes, se Deus permitir, abordarei o tema que estava em minha mente para este post – também, se Deus assim o permitir.