Esta expressão, claramante pejorativa em nossos dias, referindo-se (com certo ar de lástima) a passar por uma situação extremamente crítica, tem, por incrível que pareça, pano de fundo bíblico: mais precisamente no Antigo Testamento, em um episódio da vida do profeta Elias.
"Então, Elias, o tesbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Tão certo como vive o SENHOR, Deus de Israel, perante cuja face estou, nem orvalho nem chuva haverá nestes anos, segundo a minha palavra. Veio-lhe a palavra do SENHOR, dizendo: Retira-te daqui, vai para o lado oriental e esconde-te junto à torrente de Querite, fronteira ao Jordão. Beberás da torrente; e ordenei aos corvos que ali mesmo te sustentem. Foi, pois, e fez segundo a palavra do SENHOR; retirou-se e habitou junto à torrente de Querite, fronteira ao Jordão.
Os corvos lhe traziam pela manhã pão e carne, como também pão e carne ao anoitecer; e bebia da torrente". (1Reis, 17.1-6)
Havendo seca em Samaria como conseqüência dos desvios que o rei Acabe induzira a nação, Elias, que havia confrontado o rei, foi orientado por Deus a refugiar-se na região de Querite. Lá, ele foi sustentado por corvos que lhe traziam alimento em seu bico. Estar "no bico do corvo", de acordo com a circunstância vivida pelo personagem bíblico, coincide com o sentido contemporâneo de estar passando por uma situação de extrema gravidade – porém, em total dependência de Deus.
"Então, Elias, o tesbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Tão certo como vive o SENHOR, Deus de Israel, perante cuja face estou, nem orvalho nem chuva haverá nestes anos, segundo a minha palavra. Veio-lhe a palavra do SENHOR, dizendo: Retira-te daqui, vai para o lado oriental e esconde-te junto à torrente de Querite, fronteira ao Jordão. Beberás da torrente; e ordenei aos corvos que ali mesmo te sustentem. Foi, pois, e fez segundo a palavra do SENHOR; retirou-se e habitou junto à torrente de Querite, fronteira ao Jordão.
Os corvos lhe traziam pela manhã pão e carne, como também pão e carne ao anoitecer; e bebia da torrente". (1Reis, 17.1-6)
Havendo seca em Samaria como conseqüência dos desvios que o rei Acabe induzira a nação, Elias, que havia confrontado o rei, foi orientado por Deus a refugiar-se na região de Querite. Lá, ele foi sustentado por corvos que lhe traziam alimento em seu bico. Estar "no bico do corvo", de acordo com a circunstância vivida pelo personagem bíblico, coincide com o sentido contemporâneo de estar passando por uma situação de extrema gravidade – porém, em total dependência de Deus.
Comparar a expressão contemporânea com o texto bíblico permite fazer uma outra leitura dos períodos de crise: uma leitura que abre novas possibilidades.
Estar "no bico do corvo" significa descobrir que mesmo em momentos de crise Deus opera milagres.
Significa aprender a esperar em Deus, descobrindo que, em última análise, sua vida depende totalmente dEle – e não de seus próprios recursos.
Significa descobris que Deus emprega meios não-convencionais (corvos) para realizar Seus desígnios.
Significa passar por um período de maturação espiritual.
Significa (espero sinceramente que este princípio também se aplique à sua vida) descobrir que certas crises chegam às nossas vidas devido a nosso compromisso com a justiça, e não pelo motivo oposto.
Você sente-se no "bico do corvo"?
Se a resposta for sim, espero que você possa fazer discernir sua situação à luz da riqueza da mensagem bíblica (não há lugar para esperança no sentido contemporâneo!), que mostra que mesmo períodos de aflição podem se tornar períodos de bem-aventurança.
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