“Vieram a ele alguns fariseus e o experimentavam, perguntando: É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo? Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. (Mateus 19.3-6)
O texto acima narra mais um debate entre Jesus e os fariseus, que constituíam-se na elite religiosa de seu tempo. O debate inicia-se com a dúvida acerca da legitimidade do divórcio. A resposta de Jesus põe em xeque todas construções históricas da humanidade que distorcem a dinâmica dos relacionamentos, de sorte que sua resposta é uma denúncia e um juízo.
O texto acima narra mais um debate entre Jesus e os fariseus, que constituíam-se na elite religiosa de seu tempo. O debate inicia-se com a dúvida acerca da legitimidade do divórcio. A resposta de Jesus põe em xeque todas construções históricas da humanidade que distorcem a dinâmica dos relacionamentos, de sorte que sua resposta é uma denúncia e um juízo.
O divórcio, a poligamia, o concubinato e toda forma de leviandade e desumanização dos relacionamentos são frutos da "dureza do coração" humano. Algumas foram toleradas historicamente por Deus à medida que Seus planos iam sendo revelados à humanidade (como a poligamia), mas jamais corresponderam a seu ideal para os seres humanos - portanto, Jesus não utiliza o mundo atual, construído historicamente pela humanidade, como fundamento para discorrer sobre a justiça de Deus: o paradigma do Criador é encontrado "no princípio".
Todos os descaminhos que constituem esta realidade são construção nossa: Deus concedeu um paraíso à humanidade, e esta o transformou em um inferno.
Não havia dificuldades de relacionamentos no mundo que Deus criou; logo, não havia divórcio no mundo que Deus criou.
Não havia dor no mundo que Deus criou.
Não havia crime no mundo que Deus criou.
Não havia guerra no mundo que Deus criou.
Não havia injustiça social no mundo que Deus criou.
Não havia fome no mundo que Deus criou.
Não havia poluição no mundo que Deus criou.
Não havia stress no mundo que Deus criou.
Não havia carências no mundo que Deus criou.
Não havia morte no mundo que Deus criou.
Não havia infelicidade no mundo que Deus criou.
O mundo que o homem criou - este, sim, contém todas estas coisas.
Como Jesus tratava os mal-feitos da história humana? Denunciava-os, afirmando o paradigma do Pai, que "no princípio" não idealizara tal estado de coisas. Sua mensagem consistia em um chamado duplo: o chamado ao reconhecimento responsável pelo fracasso da história humana construída longe do Criador, e o convite à entrada no Reino de Deus, que traz a promessa de renovação de todas as coisas, como "no princípio". O Apocalipse revela a recuperação do que o homem perdeu no Gênesis.
E você, como lida com os descaminhos da história e da realidade? Culpa a Deus pela história por nós construída? Atribui a Deus os crimes dos homens? Ou já discerniu a si mesmo e à nossa realidade, entendendo o significado e urgência da mensagem dupla de Jesus, que apresentou a este mundo o padrão do mundo conforme Deus planejou e que, mediante o Evangelho, o instaurará?
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