"Depois, voltaram de espiar a terra, ao fim de quarenta dias.E caminharam, e vieram a Moisés, e a Arão, e a toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de Parã, a Cades, e, tornando, deram-lhes conta a eles e a toda a congregação; e mostraram-lhes o fruto da terra. E contaram-lhe e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e, verdadeiramente, mana leite e mel, e este é o fruto. O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, fortes e mui grandes; e também ali vimos os filhos de Anaque. Os amalequitas habitam na terra do Sul; e os heteus, e os jebuseus, e os amorreus habitam na montanha; e os cananeus habitam ao pé do mar e pela ribeira do Jordão.Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Subamos animosamente e possuamo-la em herança; porque, certamente, prevaleceremos contra ela. Porém os homens que com ele subiram disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós.E infamaram a terra, que tinham espiado, perante os filhos de Israel, dizendo: A terra, pelo meio da qual passamos a espiar, é terra que consome os seus moradores; e todo o povo que vimos no meio dela são homens de grande estatura. Também vimos ali gigantes, filhos de Anaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos e assim também éramos aos seus olhos." (Números 13.25-33)
Todo comportamento é explicável pela motivação (MOTIVO-EM-AÇÃO) que há por trás dele. Muitas vezes, a motivação chega a ser mais importante do que a própria ação em si.
O tema "motivação"é considerado extremamente importante na sociedade atual, sendo pauta frequente em várias esferas: corporativas, esportivas, educacionais, etc. Pessoas que "dominam" este assunto são consideradas “gurus”, sendo muito requisitadas.
As motivações se dividem em externas e internas:
Um aumento de salário, ambiente favorável, equipe colaborativa, apoio e aceitação são alguns exemplos de motivadores externos (que estão fora do sujeito). Com estes poucos exemplos, podemos salientar 3 características das motivações externas:
- Nem sempre é possível contar com elas - por isso é perigoso vincular a ação às circunstâncias ou a terceiros; teríamos aí o inadequado casamento da conveniência com a heteronomia;
- Podem ser mal aproveitadas - a experiência comprova que muitas pessoas cercadas das melhores condições de vida e trabalho não traduzem estes benefícios em qualidade de vida, criatividade e produtividade;
- Não atendem à satisfação humana - as pessoas sempre querem mais.
Meus valores, prioridades, compromissos e sentimentos são exemplos de motivadores internos (que estão no sujeito):
- Já fazem parte de mim - logo, a ação passa a ser um exercício de autonomia;
- Independem de circunstâncias - logo, sempre teremos a certeza da ação;
- Podem ser bons ou ruins - uma pessoa pode ser motivada pelos ideias mais nobres ou mais baixos; nenhuma ação, seja qual for seu elemento motivador, está isenta de escrutínio ético.
A grande questão que fica para o cristão é: A TUA FÉ TE MOTIVA???
Entendemos que a fé é um elemento motivador interno. Mas ela possui relevância tal em nossa vida a ponto de nos motivar para a ação, nos motivar em meio aos desafios?
Uma das mais preciosas aprendizagens para o cristão é a de se auto-motivar de forma correta.
Principalmente por entender não apenas que a motivação precede e fundamente a ação, mas para evitar que a desmotivação leve a um tempo em que seja tarde demais para agir.
Os contemporâneos desmotivados de Josué e Calebe que o digam.