Existem grandes semelhanças entre o ministério do pregador e o ofício de um vendedor de carros.
Consigo extrair 2 lições desta comparação que nos alertam sobre a natureza da pregação:
1. A pregação deve ser sempre exposição bíblica: o vendedor de carros não desperdiça o precioso tempo em que ele estabelece diálogo com alguém falando de si mesmo ou contando vantagens - esle seria tolo se assim fizesse e não cumpriria sua missão. Pelo contrário, ele foca sua fala em torno do carro, expõe suas qualidades e características, a fim de que o cliente em potencial possa tomar uma decisão consciente. Da mesma forma, um pregador não é chamado para desperdiçar o precioso tempo do púlpito, falando de si mesmo ou de assuntos inconvenientes, mas deve expor a Palavra de Deus. Sempre saliento aos jovens que aconselho que o poder da mensagem bíblica provém tão somente da base bíblica da mesma. Pregue a palavra, pregador - faça apenas isto - e terá cumprido bem seu papel.
2. A pregação deve ser honesta: da mesma forma que honestidade é um pré-requisito para o vendedor de carros, o mesmo se aplica ao pregador: um mau vendedor de carros se vale de mentiras para cumprir o seu objetivo. O pregador também deve ter o mesmo cuidado em não apresentar uma mensagem mentirosa - e ele sempre faz isto quando faz promessas que Deus não fez e cria expectativas que a Bíblia não sustenta. Ou seja, à semelhança do ´mau vendedor de carros que apela para a desonestidade para vender seu produto (deixando claro que não são todos os vendedores de carro que assim procedem), ao se tornar ávido por números impressionantes e grandes multidões, o pregador se torna mais propenso a corromper sua mensagem, apresentando um "evangelho" ao gosto do freguês - mas um evangelho falso, que, assim como um carro com defeito, será um atraso de vida para a pessoa que o recebeu.
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