Certas tendências da Igreja Evangélica me preocupam. Uma delas é um certo complexo de perseguição, incentivado inclusive por alguns de seus líderes.
Quero analisar esta paranóia em seu aspecto político e legal.
(Talvez você discorde de mim, a princípio, quanto ao uso do termo PARANÓIA.
Mantenho minha posição, afirmando categoricamente: NÃO, A IGREJA NO BRASIL NÃO É PERSEGUIDA.
Chega a ser blasfemo afirmar tal coisa.
Basta pensar na janela 10/40.
E uma das maiores provas de que realmente possuímos consistente liberdade religiosa é o respeito que até mesmo os picaretas religiosos desfrutam nesta nação para ampliarem seus “ministérios”.)
Este sentimento se manifesta através de uma análise política superficial, produzindo discursos do tipo: "estão aprovando leis contra a família", "os princípios cristãos não estão sendo levados em conta pelo Congresso".
Este discurso traz em si uma perigosa inconsistência: ao requerer que nossos legisladores consultem a Bíblia para criar e aprovar projetos de leis, e que defendam a família cristã, os proponentes desta idéia se esquecem de que, em um estado laico, tal coisa não pode ocorrer.
Não deve ocorrer.
E é BOM e, mais ainda, NECESSÁRIO que assim seja!
Por definição, o Estado que se declara laico isenta-se de legislar sobre assuntos religiosos, por compreender que está fora de sua alçada fazê-lo; que tal tarefa cabe ao indivíduo, na liberdade de sua consciência.
E Estado bom é o Estado que preserva a liberdade do indivíduo.
Toda boa legislação deve garantir e salvaguardar ao indivíduo o direito de ser idiota, se ele assim o quiser.
Ao legislar sobre os limites que esta liberdade individual deverá assumir para que não seja nociva socialmente, o Estado não recorrerá a textos sagrados, mas utilizará a base comum do Direito, que concebe valores como vida e dignidade como bens jurídicos, ainda que estes temas recebam também muito enfoque dentro da doutrina cristã.
Agora, quanto ao teor de validade existencial no uso da liberdade individual, somente a Deus serão prestadas contas. O Estado não pode exigir isto.
E, sabiamente, o Estado laico entende tal coisa.
O Estado que assim não procede, age criminosamente, violando a consciência individual.
Aqueles que desejam um Estado cristianizado sonham, sem saber, com o estabelecimento de um Estado criminoso, onde os princípios cristãos seriam impostos por força da lei, e não pela convicção do coração.
Deus não deseja tal abominação, e como podem alguns setores da Igreja sonharem com tal coisa?
Devemos respeitar as liberdades individuais assim como Deus as respeita.
Deus não remove do homem sua liberdade mesmo quanto este a usa para entristecê-lo.
E o Estado deve garantir o pleno exercício da liberdade a todos. A Igreja não deve solicitar ao Estado o cerceamento da liberdade dos grupos que propõem um estilo de vida diferente do seu, pois o Estado legisla para todos, e não apenas para a Igreja.
Quem vai defender a "família cristã" são os próprios cristãos, a partir da formação dada em seus lares. O Estado legisla para todas as famílias.
Quem vai defender os princípios cristãos é a própria cristandade, não importa as leis que sejam aprovadas pelo Estado.
Ao invés de pretender enfiar, goela abaixo, por força de lei, princípios cristãos àqueles que não desejam segui-los livre e espontaneamente, a Igreja deve concentrar-se no âmbito de sua atividade: apresentar o Evangelho e o estilo de vida em que ele implica a indivíduos para que, NO ÂMBITO DE SUA LIBERDADE INDIVIDUAL, ACEITEM TRANSFORMAR SUAS CONVICÇÕES.
A Igreja, no poder da Grande Comissão, chega onde o Estado não chega.
Quero analisar esta paranóia em seu aspecto político e legal.
(Talvez você discorde de mim, a princípio, quanto ao uso do termo PARANÓIA.
Mantenho minha posição, afirmando categoricamente: NÃO, A IGREJA NO BRASIL NÃO É PERSEGUIDA.
Chega a ser blasfemo afirmar tal coisa.
Basta pensar na janela 10/40.
E uma das maiores provas de que realmente possuímos consistente liberdade religiosa é o respeito que até mesmo os picaretas religiosos desfrutam nesta nação para ampliarem seus “ministérios”.)
Este sentimento se manifesta através de uma análise política superficial, produzindo discursos do tipo: "estão aprovando leis contra a família", "os princípios cristãos não estão sendo levados em conta pelo Congresso".
Este discurso traz em si uma perigosa inconsistência: ao requerer que nossos legisladores consultem a Bíblia para criar e aprovar projetos de leis, e que defendam a família cristã, os proponentes desta idéia se esquecem de que, em um estado laico, tal coisa não pode ocorrer.
Não deve ocorrer.
E é BOM e, mais ainda, NECESSÁRIO que assim seja!
Por definição, o Estado que se declara laico isenta-se de legislar sobre assuntos religiosos, por compreender que está fora de sua alçada fazê-lo; que tal tarefa cabe ao indivíduo, na liberdade de sua consciência.
E Estado bom é o Estado que preserva a liberdade do indivíduo.
Toda boa legislação deve garantir e salvaguardar ao indivíduo o direito de ser idiota, se ele assim o quiser.
Ao legislar sobre os limites que esta liberdade individual deverá assumir para que não seja nociva socialmente, o Estado não recorrerá a textos sagrados, mas utilizará a base comum do Direito, que concebe valores como vida e dignidade como bens jurídicos, ainda que estes temas recebam também muito enfoque dentro da doutrina cristã.
Agora, quanto ao teor de validade existencial no uso da liberdade individual, somente a Deus serão prestadas contas. O Estado não pode exigir isto.
E, sabiamente, o Estado laico entende tal coisa.
O Estado que assim não procede, age criminosamente, violando a consciência individual.
Aqueles que desejam um Estado cristianizado sonham, sem saber, com o estabelecimento de um Estado criminoso, onde os princípios cristãos seriam impostos por força da lei, e não pela convicção do coração.
Deus não deseja tal abominação, e como podem alguns setores da Igreja sonharem com tal coisa?
Devemos respeitar as liberdades individuais assim como Deus as respeita.
Deus não remove do homem sua liberdade mesmo quanto este a usa para entristecê-lo.
E o Estado deve garantir o pleno exercício da liberdade a todos. A Igreja não deve solicitar ao Estado o cerceamento da liberdade dos grupos que propõem um estilo de vida diferente do seu, pois o Estado legisla para todos, e não apenas para a Igreja.
Quem vai defender a "família cristã" são os próprios cristãos, a partir da formação dada em seus lares. O Estado legisla para todas as famílias.
Quem vai defender os princípios cristãos é a própria cristandade, não importa as leis que sejam aprovadas pelo Estado.
Ao invés de pretender enfiar, goela abaixo, por força de lei, princípios cristãos àqueles que não desejam segui-los livre e espontaneamente, a Igreja deve concentrar-se no âmbito de sua atividade: apresentar o Evangelho e o estilo de vida em que ele implica a indivíduos para que, NO ÂMBITO DE SUA LIBERDADE INDIVIDUAL, ACEITEM TRANSFORMAR SUAS CONVICÇÕES.
A Igreja, no poder da Grande Comissão, chega onde o Estado não chega.
E isto, odiando o pecado, mas amando o pecador.
Amando-o inclusive no respeito de sua cidadania, liberdade e inviolabilidade de consciência.
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