quinta-feira, 10 de setembro de 2009

UMA REFLEXÃO DESCONTRAÍDA


Durante uma conversa descontraída com minhas amigas no trabalho, uma delas relatou um comentário de seu pastor contra a música secular:

Pensem no sucesso do momento: casais, vocês são capazes de olhar nos olhos de seu cônjuge e dizer "você não vale nada, mas eu gosto de você?" No mundão não há nada que preste!

Minha amiga relatou a anuência do auditório à fala do pastor. Então indaguei:

Mas esta não é uma maneira adequada de descrever o próprio amor de Deus? Afinal, não valemos nada... e Ele gosta da gente!

(Será que o profeta Oséias também não sentiria-se muito à vontade para cantar o tema de Norminha para Gômer, sua esposa infiel?)

Por favor, me entenda:


Longe de mim fazer apologia indiscriminada a todo tipo de música.

Não engulo muitos dos "grandes" hits do momento.

Os versos restantes da música citada apresentam idéias nem um pouco edificantes, incompatíveis com o amor cristão (Eu quero ver você sofrer/Só pra deixar de ser ruim/Eu vou fazer você chorar, se humilhar/Ficar correndo atrás de mim...).

Mas a questão é: o correto exercício do senso crítico exige olhos que saibam discernir também aquilo que é positivo, sem penderem automaticamente para a depreciação imediata.

Acredite: se nos dedicarmos a apontar defeitos, nos tornaremos experts nisso!

Mas a vida não é feita só de defeitos.

Ignorar isto implicará em deixar de apreciar muitas pérolas que a vida traz, apenas por desdenhar do aspecto da ostra que as envolve.

(PS: E, tratando-se do amor de Deus, o melhor é saber que, diferentemente dos "Solteirões do Forró", que amam e não sabem por que, Ele ama e
não tem crise de identidade por causa disso.)

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