terça-feira, 11 de agosto de 2009

SOBRE CHICLETES E COMPROMISSOS


Não vou revelar em que igreja isto ocorreu. Apenas quero expressar meu constrangimento com o ocorrido.

Ao participar de uma reunião, coloquei minha mão sob o assento da cadeira (de boa qualidade, obviamente custeada pelo dinheiro dos fiéis, que adquiriram o utensílio com o intuito de melhor equipar a casa de Deus) e encontrei ali um chiclete grudado.

Após o asco, e a preocupação e lavar as mãos, veio a indignação com o ato de vandalismo.

Nunca propus nenhuma espécie de perfeccionismo cristão e sempre denunciei a falibilidade de tal idéia, tanto dentro como fora da Igreja.

Todavia, encontrar um chiclete colado sob o assento da cadeira por um crente já é avacalhação demais!
(PS: O ocorrido não foi na parte do templo aberta ao público, mas em uma sala de reunião, onde apenas os membros possuem acesso.)
A nossa imperfeição e limitação não altera o fato de que temos um compromisso com a excelência, o que torna nossa vida uma jornada (desafiadora) de superação constante.

E certos hábitos e atitudes, de tão elementarmente toscos que são, já deveriam há muito ter sido superados entre a cristandade.

Que as centenas de copos plásticos e guardanapos jogados pelos templos nos finais de culto digam que estou mentindo!

Escrevo este artigo movido por uma mescla de indignação e também de medo.
Indignação pela demora quanto ao amadureceimento em coisas tão simples.
E medo do que pode acontecer se aqueles que são chamados à excelência se contentarem com a mediocridade.

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