quinta-feira, 30 de junho de 2011

DENÚNCIA (IV)



Caneta ungida? Alquimia "evangélica"?!

Tosco!

Isto que eu chamo de dar uma BICa no Evangelho...

Penso que mais importante que orar pela caneta é orar por quem maneja a caneta...

E o tal "elemento do milagre", então, o que será? Espero que não seja para beber...
Que bom saber que o Evangelho bíblico, na suficiência da graça de Deus, dispensa este tipo de tranqueira! Voltemos ao Evangelho!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

SOU FUNDAMENTALISTA? SIM E NÃO

Considero-me um cristão fundamentalista porque creio que o cristianismo possui princípios e crenças fundamentais, ou seja, cuja negação teria como conseqüência a adulteração do próprio cristianismo.

Como fundamentos da fé cristã posso mencionar a existência triúna (Pai, Filho e Espírito Santo) do Deus Onipotente, Onipresente, Onisciente e Onibenevolente, criador do universo e de toda a vida; Sua auto-revelação proposicional e histórica de através de Sua Palavra inspirada e inerrante; a pecaminosidade do gênero humano, fruto da Queda histórica dos progenitores da humanidade; a obra salvadora de Cristo (iniciada no tempo, consumada na eternidade), efetuada através da Encarnação (nascimento virginal), morte expiatória, ressurreição, ascensão, concessão do Espírito Santo aos que crêem, Ascenção e Segunda Vinda; a salvação pela graça mediante a fé; a realidade da Igreja como comunidade de pecadores redimidos em missão; a existência de seres espirituais hostis a Deus e à humanidade.

Historicamente, a expressão “fundamentalista” se deriva do início do século XX, onde teólogos da Igreja decidiram reafirmar os fundamentos da fé cristã em oposição ao avanço da teologia liberal/secularizada nas igrejas e seminários.

Em contrapartida, não me considero um cristão fundamentalista por não me identificar com o chamado movimento fundamentalista, desenvolvido posteriormente.

O movimento fundamentalista elenca algumas ênfases doutrinárias particulares (geralmente relacionadas a temas teológicos que permitem um leque de discussão/interpretação mais amplo) e as eleva ao mesmo nível dos fundamentos citados acima, recriminando os que não crêem da mesma forma.

Neste sentido, não sou fundamentalista por vários motivos:

Não sou fundamentalista porque discordo da teologia dispensacionalista.

Não sou fundamentalista porque creio na contemporaneidade de todos os dons espirituais.

Não sou fundamentalista porque não considero que a Bíblia Almeida na versão Revista e Corrigida Fiel (ou a Bíblia King James em inglês) seja a única tradução da Bíblia legítima.

Não sou fundamentalista porque consigo contemplar alguém entoando cânticos de louvor que firam meu gosto musical em particular e ainda assim considerá-lo meu irmão.

Não sou fundamentalista porque creio que, usando discernimento, posso aprender até com aqueles de quem discordo.

Não sou fundamentalista porque não creio que Deus se materializou em alguma ideologia política específica – de direita ou de esquerda.

Não sou fundamentalista porque discordo da práxis social desenvolvida pelas igrejas fundamentalistas (quando falo isto, penso na segregação produzida pelas igrejas dos Estados Unidos).
 
Não sou fundamentalista porque não creio que a verborragia raivosa dos manifestos fundamentalistas seja um instrumento eficaz de evangelização.
 
Não sou fundamentalista porque admito que não tenho todas as respostas a todos os mistérios da fé – sabendo que Deus, em sua sabedoria, optou por não nos revelar tudo, mas somente o que é fundamental. É com base nestes fundamentos que caminho na fé e discirno os membros da família de Cristo.
 
E, finalmente, não sou fundamentalista porque sei que não posso limitar o Corpo de Cristo à minha concepção particular do cristianismo – pois isto implicaria em considerar como irmão apenas aquele que é igual a mim.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O PIOR TIPO DE PRISÃO

Assisti Cidade dos Homens no domingo. Uma tristeza.

Tristeza causada não apenas pelos dramas sociais que o filme relata (drogas, crime, desintegração familiar), mas principalmente pelo horizonte conceitual dos personagens.

Nenhum deles apresenta grandes perspectivas em relação ao futuro (com exceção talvez dos protagonistas).

Nascer, obter algum prazer (com o funk, as drogas ou o sexo), algum dinheiro e por fim sucumbir diante de alguma das diversas ameaças presentes em seu cotidiano.

É a incorporação do fatalismo e sua institucionalização individualmente.

Mano Brown deu uma noção do que significa crescer sob um horizonte de limitações em "O homem na estrada":

"Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim.
Muitos morreram sim, sonhando alto assim, me digam quem é feliz,
quem não se desespera,
vendo nascer seu filho no berço da miséria.
Um lugar onde só tinham como atração, o bar, e o candomblé pra se tomar a benção.
Esta é a história que por mim será contada
O homem na estrada"

Não desconsidero as relevantes contribuições das ciências sociais, que tornaram explícita a importância e a força das dinâmicas histórico/políticas sobre o indivíduo, evitando assim o erro do individualismo meritocrático promovido por um liberalismo ingênuo.

Mas me revolto com a ideia de que passamos de meros produtos do meio!

Podemos transcender as estruturas circunstanciais que nos cercam. Podemos contribuir para sua reformulação.

É nosso dever moral assim fazê-lo, como uma etapa necessária para nossa realização humana, no sentido de promover nosso potencial integral, individual e comunitariamente.

Assim fizeram todos os reformadores do passado, motivados pela visão de como as coisas poderiam ser.
Por isso afirmo que o pior tipo de prisão é a da mente.

Só consegue compreender a vida como uma batalha de superação quem possui um horizonte conceitual mais amplo.

Portanto, em nome de Jesus, liberte sua mente e resgate sua vida!

Pois Jesus Cristo é sinônimo de possibilidades.

sábado, 18 de junho de 2011

VOLTANDO A POSTAR...



Depois de um pesado fim de semestre por conta das obrigações com a faculdade e de alguns dias para (tentar) recuperar as energias, volto a postar no blog.

Já estava morrendo de saudades: tento manter minha disciplina de publicar ao menos um novo artigo por semana e não via a hora de postar (estou cheio de ideias sobre vários temas que desejo abordar)!

E foi enquanto pensava sobre a próxima postagem que percebi que esta seria uma boa ocasião para conversar com você, leitor, sobre a natureza e propósitos deste blog, que já completa 3 anos no ar.

  1. DA NATUREZA
Este blog não se dedica a temas teológicos específicos (apologética, escatologia, missiologia, etc), antes versa sobre temas teológicos cristãos em geral e sua relação com a vida - e vice-versa.

Não destino este blog a públicos específicos (definidos por faixa etárias, gênero, convicções políticas, filosóficas ou religiosas). Escrevo sobre o Evangelho buscando edificar os que crêem e evangelizar os que ainda não crêem – e o faço com o ardente desejo de conseguir alcançar com a Palavra de Deus aqueles que não a ouviriam de outra maneira.
  1. DOS OBJETIVOS
·        Apresentar o Evangelho, em sua abrangência, suficiência e contemporaneidade a toda criatura.
·        Prestar atendimento: através de aconselhamento, esclarecimento de dúvidas e debates bíblicos.

   3. UM PEDIDO 
Deus tem abençoado este ministério, e tenho sido informado de bons resultados espirituais que ele tem proporcionado. Tenho notado, porém, daixa interatividade on-line (em termos de comentários, participação em debates, etc.), o que, em minha opinião, dificulta o cumprimento de meu segundo objetivo.
Sendo assim, gostaria de contar com sua colaboração, leitor (sugestões e críticas) para melhorar este aspecto, tornando mais eficiente o ministério deste blog como um todo.
Obrigado!