segunda-feira, 28 de setembro de 2009

UM PAPO NA SORVETERIA


sábado, 26 de setembro de 2009

CONTEXTOS DE VIDA IDEAIS PARA A LEITURA DO SALMO 23


Leia o Salmo 23 quando você tiver a mesa farta. Ou, quando a mesa não estiver farta, perceber que ainda tem o que comer e o que vestir. E também quando estes recursos faltarem, sendo você sabedor que a vida é mais que comida e bebida, reconhecendo que você ainda vive e respira e está certo de que este momento difícil não diminuirá sua capacidade de viver a vida dignamente, pois o SENHOR é o meu pastor; nada me faltará.

Leia-o quando tiver emergido do fundo do poço, superado um grande obstáculo e encontrar em si, sem saber como e nem por que, as forças necessárias para enfrentar o próximo: somente Ele deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas. Refrigera a minha alma.

Leia-o quando perceber as pressões da tentando tornar você alguém melhor, e não meramente mais abastado e bem-sucedido, já que este é o verdadeiro conceito de sucesso na vida para Aquele a doou para você, Aquele que guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.

Leia-o quando o perigo e a angústia, em suas mais variadas formas, forem mais reais e presentes do que você gostaria que o fossem, consciente de que ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.

Leia-o quando sentir-se pressionado pelo anonimato e pela inverdade da avaliação dos homens e desejar que sua história de vida seja vindicada pois, neste mundo ou no outro Ele prepara uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unge a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.

Leia-o quando você perceber que, no balanço final da vida você recebeu muito mais do que merecia, pois certamente que a bondade e a misericórdia me seguiram todos os dias da minha vida.

Leia-o principalmente se hoje, você tiver percebido que ainda não chegou a etapa final de sua vida, mas já tenha decidido vivê-la no aprisco do Bom Pastor. Mas tão somente se estiver sentindo-se feliz e privilegiado por isso, pois Ele somente aceitará estabelecer um relacionamento com aquele que declarar habitarei na Casa do SENHOR por longos dias de forma espontânea e sincera.

E, assim, usufruir da promessa de vida que este Salmo traz consigo.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

TELHADO DE VIDRO


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O DONO DA HISTÓRIA


Pense no chão que você está pisando.


Outras pessoas estiveram sobre este mesmo chão que você. Sobre ele amaram, produziram, sonharam e sofreram.


Angustiaram-se com questões de vida ou morte.


(E como as questões de vida ou morte parecem irrelevantes após a morte!)


Hoje, suas vozes encontram-se silenciadas.


Seus saberes, em grande parte, inacessíveis a nós. Seu legado, irreconhecível.


Resta o mesmo chão comum que vocês compartilham.


Somos seres formados historicamente. Contudo, não temos herança histórica. Temos apenas fragmentos de história que compõem esta herança.


História "oficial". Versões da história.


Brecht expressou sabiamente esta imposição da macro-história sobre a micro-história em sua poesia:


PERGUNTAS DE UM TRABALHADOR QUE LÊ

Quem construiu a Tebas de sete portas?
Nos livros estão nomes de reis.
Arrastaram eles os blocos de pedra?
E a Babilônia várias vezes destruída —
Quem a reconstruiu tantas vezes? Em que casas
Da Lima dourada moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China
ficou pronta?
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.
Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A decantada Bizâncio
Tinha somente palácios para seus habitantes? Mesmo na lendária Atlântida
Os que se afogavam gritaram por seus escravos
Na noite em que o mar a tragou.

O jovem Alexandre conquistou a Índia.
Sozinho?
César bateu os gauleses.
Não levava sequer um cozinheiro?
Filipe da Espanha chorou, quando sua Armada
Naufragou. Ninguém mais chorou?
Frederico II venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem venceu além dele?

Cada página uma vitória.
Quem cozinhava o banquete?
A cada dez anos um grande homem.
Quem pagava a conta?

Tantas histórias.
Tantas questões


A Bíblia menciona o evento do juízo final. Nele, o registro da micro-história de cada indivíduo será resgatado e trazido publicamente à tona (Apocalipse 20.12-15).


O conhecimento soterrado pelo tempo se tornará acessível a todos.


Finalmente, será possível julgar a História com justiça, por finalmente tê-la diante dos olhos.


O Apocalipse promoverá o resgate da memória coletiva da humanidade.


Diante de Deus, ninguém é esquecido. Nem os seus feitos.


Geraldo Vandré estava errado. Não caminhamos com a "História nas mãos". Somente Deus é capaz de fazê-Lo.


A nós, cabe apenas a incumbência de caminhar gerindo responsavelmente nossos atos, compondo a nossa parcela na História, que será desvendada e apreciada por aquele que é Eterno.

domingo, 13 de setembro de 2009

Armadilhas do pensamento


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

UMA REFLEXÃO DESCONTRAÍDA


Durante uma conversa descontraída com minhas amigas no trabalho, uma delas relatou um comentário de seu pastor contra a música secular:

Pensem no sucesso do momento: casais, vocês são capazes de olhar nos olhos de seu cônjuge e dizer "você não vale nada, mas eu gosto de você?" No mundão não há nada que preste!

Minha amiga relatou a anuência do auditório à fala do pastor. Então indaguei:

Mas esta não é uma maneira adequada de descrever o próprio amor de Deus? Afinal, não valemos nada... e Ele gosta da gente!

(Será que o profeta Oséias também não sentiria-se muito à vontade para cantar o tema de Norminha para Gômer, sua esposa infiel?)

Por favor, me entenda:


Longe de mim fazer apologia indiscriminada a todo tipo de música.

Não engulo muitos dos "grandes" hits do momento.

Os versos restantes da música citada apresentam idéias nem um pouco edificantes, incompatíveis com o amor cristão (Eu quero ver você sofrer/Só pra deixar de ser ruim/Eu vou fazer você chorar, se humilhar/Ficar correndo atrás de mim...).

Mas a questão é: o correto exercício do senso crítico exige olhos que saibam discernir também aquilo que é positivo, sem penderem automaticamente para a depreciação imediata.

Acredite: se nos dedicarmos a apontar defeitos, nos tornaremos experts nisso!

Mas a vida não é feita só de defeitos.

Ignorar isto implicará em deixar de apreciar muitas pérolas que a vida traz, apenas por desdenhar do aspecto da ostra que as envolve.

(PS: E, tratando-se do amor de Deus, o melhor é saber que, diferentemente dos "Solteirões do Forró", que amam e não sabem por que, Ele ama e
não tem crise de identidade por causa disso.)

domingo, 6 de setembro de 2009

BREVEMENTE, COM VOCÊS... O JOEL!


É muito pessoal o que vou escrever agora.


Poucas pessoas sabem que meu grande sonho, quando criança e adolescente, era ser desenhista.


(Bem, na verdade, este foi meu segundo grande sonho; primeiro pensei em ser cientista...)

Desenhar histórias em quadrinhos ou ilustrar livros era tudo que eu queria!

Realmente amo artes e sinto-me verdadeiramente comovido diante de produções visuais que conseguem apresentar primor estético e criativo.

Às vezes ainda sonho em trabalhar como free-lancer, produzindo charges para algum jornal.

Pela misericórdia de Deus, cheguei a ter experiências quase-que-profissionais nesta área.

Incomodava-me muito, porém, que esta área de minha vida estivesse meio "desativada" depois de minha conversão, em 1996.

(Como fiquei feliz quando, em meu aniversário de 1998, minha esposa, qe na época era minha noiva, presenteou-me com o livro "Quadrinhos e Arte Seqüencial", de Will Eisner, manifestando a fé, de que no futuro, Deus me usaria para pregar o Evangelho também através dos quadrinhos.)


Já havia alguns anos que eu pensava no assunto, em produzir tiras e charges que pudessem transmitir a fé.

Faltava-me algo, porém: um personagem!

E então Deus presenteou-me com o Joel.

Quem é ele?

Basicamente, o Joel é alguém que vive para declarar o que o seu nome significa: O SENHOR é Deus! Testemunha fielmente de sua fé, todavia, sempre com muita criticidade, biblicidade, amor e bom senso, sem jamais negar sua humanidade.

Imaginei-o franzino (talvez para demonstrar que sua força provém do Senhor), de cabelos encaracolados (amo cabelos revoltos!) e ruivos (qualquer semelhança com Davi, palavra, é mera coincidência!).

A contrapartida de Joel é o Cosmo (creio que as implicações do nome são óbvias!), um personagem que oscila, ora entre o total agnosticismo e mau-caratismo, ora até uma profissão de fé formal, capaz de abraçar irrefletidamente as maiores distorções contemporâneas da fé evangélica. Chega a ser um crente frio. Todavia, jamais Joel deixa de oferecer sua amizade e companheirismo a Cosmo, na esperança que um dia ele tome jeito. Cosmo é o campo missionário de Joel. Imaginei-o gordo, careca, aparentando meia-idade, com um aspecto entre o agressivo e o idiotizado.

Nestas tiras, não utilizarei um traço realista (característico das HQs de super heróis, por exemplo), optando por um estilo mais próximo do caricatural que, utilizando o grotesco por vezes, melhor serve ao humor, creio eu.

A princípio, fiquei em dúvida se deveria apresentar este material neste blog, essencialmente composto por textos. Minha esposa, porém, me deu muito incentivo neste aspecto.Portanto, assim que reunir tiras em número suficiente, começarei a colocá-las no blog, com o marcador Tiras do Joel.


Espero que esta nova investida ministerial possa abençoar vidas. Suas orações, reflexão, críticas e sugestões serão muito bem vindas!